Publicado no Encontro de Saberes 2014
Evento: XXII Seminário de Iniciação Científica
Área: ENGENHARIAS
Subárea: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
Título |
Avaliação da Possibilidade de Aplicação da Técnica de DSC na Determinação da Temperatura de Início de Recristalização de um Aço Baixo Carbono |
Autores |
Jorge Magalhaes Avila De Paula (Autor) Geraldo Lucio De Faria (Orientador) Paulo Sérgio Moreira (Co-Autor) Kátia Novack (Co-Orientador) |
Resumo |
Muitas aplicações de materiais metálicos exigem que os mesmos sejam submetidos a etapas de conformação mecânica com o intuito de adequar suas microestruturas e suas geometrias. A conformação mecânica dos metais implica em sua deformação plástica, aumentando significativamente a densidade de defeitos, alterando a morfologia dos grãos assim como o estado de tensão induzida na sua estrutura. Geralmente os materiais submetidos a processos de conformação, em especial aos de conformação a frio, são submetidos após a deformação, a um tratamento térmico denominado de recozimento de recristalização, tendo como principal objetivo recuperar a estrutura e recristalizar os grãos deformados. Dois parâmetros importantes deste tratamento térmico são a temperatura de residência e o intervalo de tempo em que a peça é submetida nesta temperatura. Neste contexto, este projeto se propôs a estudar a viabilidade técnica de aplicação de calorimetria diferencial (DSC), como possível ferramenta para determinação da temperatura de início de recristalização de aços. Para a execução deste trabalho, foram utilizados amostras de aço SAE1010 que foram deformadas a frio em escala piloto e em seguida, as amostras deformadas de 69,6% e 87% foram submetidas a rampas de aquecimento em um equipamento DSC. A técnica de DSC não se mostrou eficiente como ferramenta de previsão de temperatura de início de recristalização em aços, mas apenas evidenciou o fenômeno de recuperação do material. Outras amostras deformadas nas mesmas condições foram submetidas a tratamentos térmicos de recozimento de recristalização a 500°C e 600°. A partir da caracterização microestrutural e ensaios de microdureza, foi possível relacionar a fração recristalizada com o tempo de tratamento térmico realizado, sendo possível estudar a cinética de recristalização para as amostras tratadas a 600°C, visto que a 500°C, as amostras não se recristalizaram, confirmando esta temperatura abaixo da crítica para as deformações estudadas. |