Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2014

Evento: XXII Seminário de Iniciação Científica

Área: ENGENHARIAS

Subárea: Engenharia Mecânica

Título
APROVEITAMENTO DE FINOS DE PEDRA-SABÃO POR SINTERIZAÇÃO
Autores
Henrique Linhares Mendes (Autor)
Margarida Marcia Fernandes Lima (Orientador)
Rosa Malena Fernandes Lima (Co-Autor)
Rhelman Rossano Urzêdo Queiroz (Co-Autor)
Resumo
As atividades econômicas ligadas à pedra-sabão, artesanal e industrial, são responsáveis pela utilização de apenas 40% de todo o produto proveniente do processo de extração da rocha. Os 60% restantes são simplesmente descartados na forma de resíduos, uma vez que não existem locais apropriados a esse descarte. Como consequência, surgem, nas regiões onde essas atividades estão presentes, impactos sociais e ambientais negativos (entre eles, doenças ligadas ao pó do esteatito, assoreamento dos rios e deposição de poeira no solo). Assim, o objetivo deste trabalho foi a transformação do pó de pedra sabão natural, considerado rejeito, em um agregado sólido, através do processo de sinterização. Foi utilizado um material oriundo do município de Santa Rita de Ouro Preto, Minas Gerais. Inicialmente, o pó foi moído, classificado (inferior a 400#) e seco (110°C, 120min em atmosfera de ar natural). Quatro pressões de compactação foram utilizadas para obtenção das pastilhas a verde: 200MPa, 250MPa, 300MPa e 350MPa. O processo de queima foi realizado nas temperaturas de 1200°C e 1250°C durante os intervalos de 60min, 120min e 180min, gerando produtos com resistência mecânica satisfatória. As técnicas de caracterização realizadas foram: análises termogravimétrica e termodiferencial (TGA/DTA), MO, MEV/EDS, difração de raios-X, densidade geométrica e ensaios de compressão. Basicamente, na pedra sabão natural constatou-se a presença de goethita, magnetita, clorita, dolomita, quartzo, caulinita e talco; e nos produtos sinterizados: quartzo, albita, apatita, magnetita e hematita nas amostras compactadas a 200MPa e enstatita e protoenstatita nas amostras compactadas a 250, 300 e 350MPa. Os valores de densidade geométrica giraram em torno de (2,40±0,028)g/cm³, enquanto os valores de limite de resistência e módulo de elasticidade apresentaram-se, de maneira geral, entre as faixas de [(75,29±5,19)MPa a (129,26±16,16)MPa] e [(1385,8±171,07)MPa a (3496,16±241,48)MPa], respectivamente.
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