Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Biologia Geral

Título
FENOLOGIA COMPARATIVA DE DUAS ESPÉCIES ARBÓREAS EM FLORESTAS ESTACIONAIS SEMIDECIDUAL NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO-MG
Autores
DHIORDAN DEON LOVESTAIN COSTA (Autor)
HILDEBERTO CALDAS DE SOUSA (Orientador)
Resumo
O desenvolvimento das espécies vegetais se dá em função das condições edafo-climáticas, sendo a fenologia um aspecto muito sensível a essa condição. O objetivo desse estudo foi conhecer as possíveis variações nos padrões fenológicos de indivíduos de Clethra scabra Pers., presentes em solos brejosos e drenados e verificar se esses padrões se diferenciam também entre as espécies cogenéricas, Myrcia laruotteana (de solo brejoso) Cambess e Myrcia amazônica DC (solo drenado). No Parque Estadual do Itacolomi (MG) 20 plantas de cada espécie foram acompanhadas quinzenalmente quanto à presença das fenofases: folha jovem, madura e em queda; botão floral; flor; fruto imaturo e semente. Dados referentes ao período de novembro de 2013 a maio de 2015 foram analisados quanto ao Índice de Atividade (IA), dado pela porcentagem de indivíduos apresentando a fenofase simultaneamente por espécie/habitat. Resultados mostram que a formação de folhas jovens de C. scabra ocorrem de maneira intensa e simultânea entre o solo brejoso e drenado no inicio da estação chuvosa. A floração inicia-se em fevereiro, sendo sempre mais pronunciada para o solo drenado (IA70%) em relação ao brejoso (IA15%). As espécies cogenericas apresentam as estruturas florais na estação seca (setembro), porém M. laruotteana parece investir mais em floração (IA 57%) quando comparada a M. amazônica (IA 12%). O mesmo é observado para a formação e dispersão dos frutos em novembro e dezembro respectivamente. O investimento em folhas novas ocorre na estação seca (setembro) para ambas as espécies, porém a Myrcea do drenado apresenta investimento maior (IA 80%) em relação à Myrcea do brejo (IA 20%). Esses dados podem indicar que a fenologia dessas plantas se difere quanto aos gêneros, e também ao habitat que elas ocupam. Deduz-se que plantas de solo drenado têm maior investimento principalmente em suas estruturas reprodutivas, o que torna notória a influência das condições hídricas do solo na fenologia dessas plantas.
Voltar Visualizar PDF