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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Biologia Geral

Título
ECOLOGIA MORFOLÓGICA E NUTRICIONAL DE GAFANHOTOS EM CAMPOS RUPESTRES
Autores
LARISSA DE SOUZA FIETTO (Autor)
FELIPE DONATELI GATTI (Autor)
MARCO ANTONIO ALVES CARNEIRO (Orientador)
Bruno R Terra (Autor)
Resumo
Diferenças na morfologia entre indivíduos e espécies estão relacionadas às suas diferenças ecológicas. As mandíbulas de gafanhotos podem apresentar três tipos morfológicos distintos relacionados ao comportamento alimentar do inseto: “graminívoro”, “não graminívoro” e “misto”. Os Gafanhotos (Orthoptera: Caelifera) compreendem um dos grandes grupos dominantes de insetos herbívoros de vida livre. São organismos típicos de áreas com vegetação dominantemente rasteira e exercem um papel chave nos ecossistemas, representando grande parte da biomassa animal disponível para os níveis tróficos superiores. Este trabalho descreve pela primeira vez a morfologia das mandíbulas de gafanhotos encontrados em campos rupestres. Para definição do tipo mandibular foram extirpadas e fotografadas mandíbulas de 19 espécies pertencentes às famílias Acrididae e Tetrigidae coletadas em três regiões da Cadeia do Espinhaço. De maneira geral, o tipo mais frequente de mandíbula encontrado foi o “graminívoro” (gafanhotos que se alimentam exclusivamente de plantas da família Poaceae), presente em 12 espécies, seguido pelo tipo “não graminívoro” (gafanhotos que se alimentam de outras espécies de plantas herbáceas e arbustivas não pertencentes à família Poaceae) presente em 4 espécies e, finalmente o tipo misto (gafanhotos que se alimentam de espécies de plantas da família Poaceae e de outras famílias de plantas herbáceas e arbustivas), menos frequente, encontrado em 3 espécies. A maior parte dos gêneros, 11 dos 14 amostrados foram representados por apenas uma espécie cada. Entretanto, 3 gêneros apresentaram mais de uma espécie e a análise das suas mandíbulas corroboraram a observação de que espécies congenéricas podem apresentar tipos mandibulares diferentes. Estes dados sugerem que o tipo de mandíbula está mais relacionado ao comportamento alimentar da espécie do que com sua posição taxonômica, sendo assim, a forma pode ser o resultado de evolução convergente e não de padrões filogenéticos.
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