Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Título
ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE MOQUINIA RACEMOSA E CALEA FRUTICOSA (ASTERACEAE).
Autores
THATIANE MOREIRA QUERIDO (Autor)
ANDREA MENDES DO NASCIMENTO (Orientador)
Resumo
Plantas da família Asteraceae têm demonstrado importantes propriedades biológicas, merecendo destaque a antiproliferativa uma vez que ainda persistem muitos desafios na terapia do câncer como: resistência, toxicidade e baixa especificidade dos fármacos. Um screening para atividade antiproliferativa (método do MTT), realizado com plantas de Asteraceae, revelou que os extratos brutos das espécies Moquinia racemosa e Calea fruticosa possuíam alta atividade antiproliferativa (> 75%) frente a pelo menos uma de três linhagens celulares tumorais humanas testadas: OVCAR-8 (ovário), HCT-116 (carcinoma do colo-retal) e SF-295 (sistema nervoso). Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi isolar e identificar substâncias antiproliferativas presentes nos extratos brutos ativos das duas plantas citadas. O material vegetal foi coletado em Ouro Preto-MG, secado e pulverizado com posterior maceração em solventes orgânicos. Os extratos brutos ativos (acetato de etila de M. racemosa e em hexano, acetato de etila e etanólico de C.fruticosa) foram e estão sendo fracionados por processos cromatográficos diversos. A partir do fracionamento do extrato em acetato de etila de C.fruticosa foi isolado e identificado o flavonóide 5-hidróxi-4’,7-dimetóxiflavona, através dos dados de RMN de 1H. Esta flavona não apresenta atividade antiproliferativa descrita até o presente momento, e foi enviada para testes desta atividade biológica. A pesquisa encontra-se em andamento, outras frações do mesmo extrato e outros extratos ativos estão sendo purificadas no momento. Considerando que plantas têm um histórico de uso no tratamento do câncer, e que acima de 50% dos medicamentos usados em triagens clínicas para atividade anticancerígena são produtos naturais ou derivados, os resultados descritos neste trabalho estimulam a continuidade dos estudos com as espécies M.racemosa e C.fruticosa para estabelecer os compostos químicos responsáveis pela atividade antiproliferativa. Agradecimentos: UFOP e CNPq.
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