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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Título
A PRÁTICA DE PARTIÇÃO DE COMPRIMIDOS: UM ESTUDO DIRECIONADO À POPULAÇÃO DE OURO PRETO
Autores
IARA AMORIM CARVALHO (Autor)
FLAVIA DIAS MARQUES MARINHO (Orientador)
ELZA CONCEICAO DE OLIVEIRA SEBASTIAO (Colaborador)
Resumo
A partição de comprimidos é relatada como uma prática comum na sociedade, que decorre muitas vezes da necessidade de ajuste da dose das apresentações comercialmente disponíveis. A adequação da dose é particularmente útil para grupos da população propensos a apresentar dificuldade de deglutição, tais como indivíduos com comprometimento das porções superiores do trato gastrointestinal, idosos ou crianças. A economia de custos também tem sido apontada como um incentivo a partição de comprimidos.Neste contexto, estudou-se a prática de partição de comprimidos por indivíduos hipertensos e diabéticos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da sede do município de Ouro Preto-MG. A proposta (aprovação ética CAAE 28231214.8.0000.5150) foi apresentada aos gerentes das UBS e, em caso de haver grupos de hipertensos e diabéticos, aos coordenadores.A pesquisa constou de entrevista guiada por roteiro a 74 usuários de quatro Unidades Básicas de Saúde (Alvorada, Andorinhas, Caminhar, Tulipas) abordando dentre outros aspectos os medicamentos alvos, os motivos que levam, e os riscos advindos dessa prática. Apenas 18,9% dos entrevistados relataram partir comprimidos. Os medicamentos alvo dessa prática foram os anti-hipertensivos: furosemida (14,3%), hidroclorotiazida(21,4%), captopril (7,1%) e losartana (7,1%). Além desses, também foram mencionados o hipoglicemiante metformina (42,9%) e o analgésico ácido acetil salicílico (7,1%). A maior parte dos entrevistados (78,6%) declarou utilizar faca para partir os medicamentos. Os principais motivos apresentados para a prática de partição foram indicação médica (64,3%) e inacessibilidade à dose adequada (64,3%). A partição de comprimidos pode causar riscos à saúde, em menor ou maior grau devido a subdosagem ou sobredosagem. Esta pesquisa serve de alerta à saúde pública uma vez que o melhor caminho para se evitar a prática é aumentar a variedade de dosagens à venda nas farmácias.
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