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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Letras

Título
DISCURSO, AFROMEMÓRIA E PERFORMATIVIDADE: O CANDOMBE DO BRASIL E DO URUGUAY
Autores
YAISA COLARES DE SOUSA PEREIRA (Autor)
KASSANDRA DA SILVA MUNIZ (Orientador)
Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo investigar a relação entre “A linguagem, identidade e performatividade: o Candombe mineiro”, analisando o“cânticos”do Candombe praticado no Brasil e no Uruguay. Para tanto, procurou-se verificar as implicações linguísticas e políticas presentes nessas manifestações, almejando identificar não somente a isso, mas também as identidades construídas por meio das manifestações e cultura pertencente à matriz africana.Neste sentido, a pesquisa se desenvolveu mediante as fundamentações teóricas da Pragmática e Linguística Aplicada centrando-se na Teoria da Performatividade de Austin,nas quais acredita-se,a partir da Teoria, que os sujeitos agem por meio da linguagem possibilitando construções e desconstruções acerca dos discursos realizados nas manifestações e sociedade que estão à margem dessas realizações.Com a possibilidade de analisar a identidade, nos foi permitido a suposição de que a própria linguagem reflete o lugar social de quem fala,logo a repetição é de extrema necessidade e importância para sustentar a identidade dos atos performáticos que se modulam pela transmissão da poesia oral através dos“cantos”e danças presentes nas memórias corporais e locais de atuação como saberes restituídos. Pelas análises, das “canções” o“lugar”da linguagem no contexto social e étnico, é observado, o uso da memória como auto-identificação do negro, como meio sócio-histórico ao longo dos séculos até nos períodos pós-coloniais. Acreditamos que essa manifestação, fonte de histórias da escravidão, perpassa não somente por questões sociais, mas é proveniente de constituição identitária, política e de autoafirmação do negro e praticante de religião de matriz africana. Sendo assim, a relação existente entre linguagem, identidades,relações étnico raciais e performatividade se faz possível de acordo com a Teoria de AUSTIN(1998)no sentido de que as manifestações não são constativas, mas sim performativas diante do histórico da população negra na América Latina.
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