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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Letras

Título
SUETÔNIO MIMÉTICO: OS RETRATOS DOS IMPERADORES DA DINASTIA JÚLIO-CLAUDIANA
Autores
MARICE APARECIDA GONCALVES (Autor)
ALEXANDRE AGNOLON (Orientador)
Resumo
É recorrente em textos antigos a utilização de imagens como meio de expressão que demonstram não apenas as homologias já percebidas pelos antigos entre discurso e imagem, mas também sua importância na construção textual, como meio de amplificação de prova argumentativa, lógos. Tanto para os gregos como para os latinos, a imagem era aplicada aos discursos para torná-los vivazes. De modo geral, construções de imagens poderiam ser utilizadas retoricamente na captação de benevolência do orador, para a criação do ethos, e durante o discurso, para a mobilização da audiência, gerando assim, o pathos no auditório. Nosso trabalho debruça-se sobre os retratos discursivos dos imperadores da dinastia júlio-claudiana compostos pelo biógrafo Suetônio, n‘Os Doze Césares, livro em que descreve a vida privada e política dos doze primeiros imperadores romanos. Acreditamos que os retratos construídos pelo autor latino são de fundamental importância na aferição dos principados, observando, a partir do cotejo com manuais de retórica antigos, de que modo o historiador estabelece ligação entre a construção da imagem dos principes e o discurso, assim como o objetivo político que estas imagens possuem. O emprego de tópicas discursivas não só se vinculava a um código discursivo já compartilhado entre os membros letrados das elites romanas, como também visava dar credibilidade ao escritor, que deveria demonstrar conhecimento dessas mesmas técnicas, que garantiam aceitação e deleite da audiência. Ou seja, a descrição não é um mero ornato, mas, compõe o corpo de prova do discurso.
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