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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área:

Subárea:

Título
PRESSÃO DE HERBIVORIA EM ESPÉCIES ÁRBOREAS PIONEIRAS
Autores
MARINA CAMERINI LIMA (Autor)
TASSIA TATIANE PONTES PEREIRA (Autor)
SERVIO PONTES RIBEIRO (Orientador)
Resumo
Este estudo investigou a riqueza, a abundância e a composição de insetos herbívoros galhadores associados a árvores das espécies Mabea fistulifera Mart. (Euphorbiceae) e Byrsonima sericea DC (Malpiguiaceae) no Parque Estadual do Rio Doce (PERD). Foi testada a hipótese de que a riqueza, abundância e composição de espécies de insetos herbívoros variam em função da espécie arbórea hospedeira (M. fistulifera e B. sericea), do habitat (mata secundária tardia e ecótone com um lago natural). Mabea fistulifera é uma espécie pioneira, comum em mata secundária tardia (45 anos) e áreas antropomorfizadas. Byrsonima sericea é persistente e adaptada a ecótones naturais, especialmente próximos a lagos. Além disso, ambas representam grande parte da biomassa do dossel onde ocorrem. Em fevereiro de 2011 foi amostrada a fauna associada às copas das árvores destas populações em diferentes locais do Parque sob diferentes graus de distúrbio. A taxa de herbivoria foi quantificada por meio da área foliar perdida. Os resultados, focados na quantificação da herbivoria, mostraram que houve diferença na taxa de herbivoria entre as espécies de árvores (p=0,002), sendo B. sericea a espécie que sofreu maior dano. Houve diferença entre os habitas, no ecótone o dano foliar por insetos galhadores foi significativamente maior do que no sub-bosque. No sub-bosque o dano por mastigação foi maior. Entretanto, Byrsonima sericea, sendo uma espécie persistente e adaptada a ecótone teve maior dano por mastigação, contradizendo o padrão encontrado. O local onde cada espécie ocorre (mata secundária tardia, e ecótone) não são suficiente para explicar a diferença na taxa de herbivoria. Para compreender melhor essa diferença entre as espécies estudadas, é importante analisar a esclerofilia foliar e características anatômicas como densidade de tricomas nas folhas e os compostos secundários. Assim, pode-se fazer uma melhor relação destas características com a distribuição de insetos galhadores.
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