Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área:

Subárea:

Título
PAPEL DA RESERVA ENERGETICA NA RESPOSTA AO ESTRESSE ACIDO EM SACCHAROMYCES - ESTUDO COM MUTNATES
Autores
Débora Mara Rodrigues Albuquerque (Autor)
Ieso de Miranda Castro (Orientador)
Resumo
A resposta ao estresse ácido inorgânico em leveduras é pouco estudada e essa condição é encontrada no reciclo de células em processos fermentativos e utilização de microrganismos como probióticos. O objetivo deste trabalho foi verificar a importância das reservas energéticas (ATP, trealose e glicogênio) na resposta ao estresse ácido em Saccharomyces. Com esse objetivo, diferentes linhagens de S. cerevisiae, células em diferentes fases de crescimento e células expostas a um estresse térmico moderado, foram submetidas à condição de estresse ácido (HCl pH2,0 + 86 mM NaCl). Ensaios de viabilidade mostraram maior sensibilidade à condição ácida de S. cerevisiae W303 quando comparada com S. cerevisiae var. boulardii, S. cerevisiae UFMG 905 e S. cerevisiae LBCM 479 (ena 1-4∆). A análise dos níveis de ATP mostrou um consumo dessa reserva ao longo da exposição ácida, sendo observado ainda que UFMG 905 apresenta níveis basais mais altos de ATP. Sugere-se que a utilização de ATP esteja relacionada à atividade da H+-ATPase de membrana plasmática. Dados de conteúdo de trealose e sua rápida mobilização sugerem que esta mobilização relaciona-se com a maior tolerância à condição de estresse. O glicogênio parece apresentar simplesmente função de reserva. A linhagem W303 mostrou aumento das reservas de trealose e maior capacidade de sobreviver ao estresse ácido após ser submetida ao estresse térmico moderado em fases exponencial e estacionária de crescimento. Ensaios de viabilidade em mutantes em genes de síntese e mobilização de trealose confirmam a importância da utilização desse dissacarídeo em situações de estresse ácido. Em conjunto, os resultados sugerem que o conteúdo e mobilização de reservas energéticas, principalmente de trealose, parecem estar envolvidos na resposta ao estresse por ácido inorgânico e que células da linhagem W303 submetidas a estresse de temperatura subletal respondem melhor ao estresse ácido e esta resposta coincide com uma maior mobilização de trealose.
Voltar Visualizar PDF