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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Título
Identidade e alteridade no Chile: historiografia, ensaios e fotografias sobre as populações indígenas (1860-1910)
Autores
MARK DE SOLDI MATZNER (Autor)
MATEUS FAVARO REIS (Orientador)
Resumo
O projeto "Identidade e alteridade no Chile" busca uma leitura diferenciada dos fatos traumáticos ocorridos na Argentina ao longo do século XIX. Através de fontes literárias consideradas importantes para o país como o Facundo, Martin Fierro, Una excursión a los indios Ranqueles, e fontes imagéticas como fotografias tiradas ao longo do que logrou-se chamar de etnocídio e genocídio dessas populações (e que circularam em periódicos, cartões postais), busca-se a reconstrução de um possível quadro imaginário que se dará pelo cruzamento dessas fontes. Entender como os criollos se relacionavam com os índios e com os gaúchos (uma parte da população criolla que era mais rural, com modos mais rústicos de vida e geralmente assimilados a caudilhos), torna-se fundamental para o entendimento de um imaginário social. Afinal, quais são os desdobramentos dessas relações para o presente? A escolha de tais fontes pretende ampliar o campo da historiografia e buscar a interdisciplinaridade entre as ciências. Um livro tão polêmico como o Facundo (e há divergências até sobre o gênero dele) pode nos trazer, à luz de Martín Fierro, um novo entendimento sobre as relações entre os gaúchos e demais criollos. É importante destacar: estas três parcelas (não as únicas) da população Argentina não estavam isoladas; e nem os indígenas. Gaúchos exilados geralmente buscavam abrigo entre os Ranquelles, conhecidos por mais agregar "estranhos" em suas tolderias; Filhos de caciques estudavam em centro urbanos criollos por causa de tratados; e há também a nomenclatura de "tribos pacificadas" utilizadas pelos criollos. O uso recorrente destas tribos para a proteção contra os malones demonstra até que ponto índios e criollos se estreitavam, até militarmente. As relações de contraste são frequentes na sociedade e o outro sempre existirá. A visão sobre o outro sempre é a procura de algo de si dentro do que lhe é estranho. Esta procura incensante se desdobrou em genocídios e etnocídios na Argentina.
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