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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Artes Cênicas

Título
ESCRITA EM RISCO: desterritorializações da função dramaturgo no teatro contemporâneo
Autores
PHELIPPE CELESTINO PEREIRA DOS SANTOS (Autor)
ELEN DE MEDEIROS (Orientador)
Resumo
Nossa pesquisa busca compreender a função dramaturgo no teatro brasileiro, revisando alguns aspectos relacionados à sua história, a fim de acompanhar em alguns momentos decisivos a sua transformação: seja nos momentos em que ela surge efetivamente, em sua consolidação e na prática contemporânea. Esta apresentação se dedica à primeira fase, a qual se pressupõe como nascedouro de uma produção dramatúrgica genuinamente nacional, preocupando-se em observar como esses dramaturgos se posicionavam. Em obras como as de Roberto Gomes, João do Rio e Renato Vianna são observados princípios de reformulações que abririam espaço para transformar os paradigmas do teatro vigente no Brasil. Diferentemente da produção dramatúrgica do século antecessor (XIX), estes autores buscavam se voltar mais atentamente às problemáticas nacionais. Associado a isso, nota-se que tais obras pressupunham, em certo sentido, uma renovação da dramaturgia nacional ancorada principalmente em formas e referências europeias. Contudo, percebe-se que perdiam forças na medida em que não se atentavam significativamente para a prática nacional em voga, de instâncias deliberadamente cômicas, pautadas preponderantemente no entretenimento, e em fórmulas fixas de riso simples e direto. Assim, o início do século XX representa uma experiência teatral diferente daquela que tais dramaturgos projetavam. Há registros que demonstram a postura negativamente crítica de alguns desses autores: um “teatro sério” em oposição ao dito “teatro ligeiro”. Tentamos delinear acerca da função dramaturgo: como um artista deve lidar com a cultura e sociedade de sua época? A escrita dramática é um componente que se completa inteiramente em cena, mas o fato de ela estar diante de um contexto como este, de produção predominantemente comercial e consagrada pelo público, torna-se um aspecto desmotivador de possíveis renovações estéticas e formais? Como podemos analisar essas tentativas de realização do drama numa conjuntura como essa?
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