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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Museologia

Título
Morro da Queimada e suas referências patrimoniais: mapeamento documental, reconhecimento arqueológico e promoção do pertencimento
Autores
PAULO OTAVIO DE LAIA (Autor)
MARCIA MARIA ARCURI SUNER (Orientador)
Resumo
O Morro da Queimada, localizado em Ouro Preto – MG compreende o conjunto de ruínas arqueológicas do antigo arraial do Ouro Podre, um complexo minerador do séc. XVIII que representa uma das primeiras organizações da extração aurífera na região. Testemunho de parte da trajetória de ocupação de Vila Rica, o local se caracteriza por conter registros dos contatos interétnicos promovidos pela utilização da mão de obra escrava nas atividades de mineração, além de se configurar como palco de um levante de ordem econômico-fiscal em 1720, conhecido como Sedição de Vila Rica, envolvendo a administração portuguesa e mineradores locais, resistentes quanto à instalação das Casas de Fundição para a cobrança de impostos. Atualmente, circunscritas por um intenso processo de ocupação populacional, estas ruínas têm sido foco de particular atenção, tanto pela fragilidade de suas condições de preservação, quanto por seu potencial de vinculação sociocultural. Assim sendo, o atual projeto em execução, objetiva o mapeamento documental e arqueológico do local através da reunião e sistematização de fontes informacionais, observando dados levantados em pesquisas precedentes e gerando novos a partir de metodologia prospectiva não interventiva. Estes procedimentos são compreendidos como uma das primeiras etapas para uma série de ações mais amplas, que visam organizar as potencialidades de pesquisas deste cenário, aproximando, por exemplo, a Arqueologia e os processos museológicos comunitários em desenvolvimento no local, por meio das atividades promovidas pelo Ecomuseu da Serra de Ouro Preto. O projeto vislumbra ainda, como expoente desta aproximação, a elaboração de uma proposta que analise concretamente os vestígios arqueológicos presentes na região, através da construção de um plano de trabalho nos moldes técnicos solicitados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, e na formação de parcerias, institucionais e profissionais, que possibilitem esta empreitada.
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