Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Artes

Título
O MODUS OPERANDI DO TRABALHO DO ATOR EM FIM DE PARTIDA, DE SAMUEL BECKETT
Autores
Ana Lidia Miranda Durante (Autor)
Ricardo Carlos Gomes (Orientador)
Resumo
O presente projeto é uma investigação sobre o modus operandi da criação da personagem Nagg, na obra "Fim de Partida", de Samuel Beckett. A pesquisa foi desenvolvida tanto de forma teórica como prática, no Núcleo de Pesquisa sobre a Arte do Ator entre o Oriente e Ocidente, coordenado pelo Prof. Dr. Ricardo Gomes. "Fim de Partida" é uma obra com grau de dificuldade alto para atores e atrizes que estão no início da carreira, porque requer certo grau de experiência para jogar com o texto que é tão metafórico, absurdo e sem sentido ao mesmo tempo. A obra foi escrita após a Segunda Guerra Mundial, e toda a atmosfera do pós-guerra permanece presente na obra quando limita espacial e fisicamente as personagens. É o caso da personagem Nagg, objeto do estudo, que tem as pernas mutiladas e vive dentro de um latão de lixo: para o ator, que usa seu próprio corpo como instrumento de trabalho, as possibilidades de expressão ficam limitadas ao tronco, braços, rosto e voz. É possível se expressar bem economizando movimentos, principalmente sem utilizar a região da coluna vertebral, o tronco? Como fazer pequenas partes do corpo ganhar dinamismo e expressividade? Na tentativa de organizar uma metodologia, para pesquisar os movimentos, foram selecionadas algumas técnicas de atuação do teatro-dança clássico indiano Kathakali, praticado no Núcleo de Pesquisa, como meios que ampliassem a expressividade a fim de vencer a dificuldade criada pelo autor. Do mesmo modo que para auxiliar na criação da personagem durante os ensaios e antes das apresentações praticou-se os chamados, exercícios plásticos, elaborados por Jerzy Grotowski. O universo teatral é bem complexo ainda mais quando utilizamos do nosso próprio corpo, que é um próprio universo, para animar palavras escritas por outra pessoa. O trabalho teve como resultado a compreensão da micro movimentação advinda do impulso como potência para a presença cênica.
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