Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Ciências Sociais

Título
A Religião como Ideologia: Karl Marx e os escritos filosóficos de 1843 á 1846
Autores
Fernanda Lucchetti Monteiro (Autor)
Resumo
É a partir das obras do período usualmente referido como de juventude de Marx, que a religião passa a ser vista como ideologia, no sentido de uma representação do mundo que contribui para organizar a vida social, que reflete a vida social sobre a qual se apoia e da qual se originou historicamente. Assim, o elemento central do método para a análise da religião implica a sua apropriação como ideologia, como produção espiritual de determinado grupo humano, da produção de ideias, representações e consciências, construídas social e historicamente. Desta forma, é posta a necessidade de explicar a gênese e o desenvolvimento das distintas formas de consciência por meio das relações sociais concretas postas na materialidade da sociedade civil. Os textos escritos por Marx entre 1843 e 1846, em grande medida se ocupam da crítica da ideologia, em particular a alemã, por meio da qual tece a crítica da religião, da política, do Estado e do Direito, como complexo ideológico que se materializa para garantir a cisão da vida social. O estudo encaminhado pretendeu analisar, nesse primeiro momento, apenas a crítica da religião como forma específica de alienação. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico, e posteriormente uma análise teórica em textos de Karl Marx do período 843-1846, analisando em fragmentos não sistematizados como o autor, por vezes em parceria com Engels, trabalha a categoria ideologia, para entendermos então como a crítica da religião se estende para critica da ideologia e da política como instrumentos de domínio de classe. Podemos concluir, portanto, que a religião como ideologia precisa ser abolida e que essa abolição começa a partir da crítica da religião, que é "em germe a crítica" do Estado, da política, etc., pois a religião é uma realidade histórica e social.
Voltar Visualizar PDF