Publicado no Encontro de Saberes 2015
Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Subárea: Educação
Título |
A quebra dos paradigmas da retórica: a elevação de sua importância para o ensino de Filosofia no Ensino Médio. |
Autores |
Franciele Vaz de Souza (Autor) |
Resumo |
O presente trabalho procura fazer uma série de considerações que se utilizam da posição de exímios autores – de Quintiliano à Chäim Perelman –, cujos escritos contribuíram para a defesa da retórica, com o objetivo de intercalar à importância que os sofistas tiveram para a construção da ciência concebida atualmente, Construção essa, passível de vincular com a sala de aula e as particularidades presentes em cada aluno: tendo como foco principal as influências determinantes do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência)/Filosofia. É importante, antes de mais nada, vincular a retórica com o contexto histórico. Como a concepção de Perelman, quando destaca que num discurso, para sê-lo efetivo, é preciso que haja a comunhão entre o auditório-discurso-orador. Em contextos como em Comênio, a retórica não se fez efetiva, devido ao ranço que as pessoas tinham sobre a escola, por esta ser altamente punidora, aos moldes da religiosidade provinda da Idade Média. Levando em conta a efetividade da retórica, a conclusão parcial da pesquisa, após cerca de um ano no projeto, encontra-se no quão problemática a teoria socrático-platônica é. Pois que, numa sala onde há, em média, 30 alunos, passar uma verdade una e imutável, como propunha Platão, torna-se conflitante entre tais estudantes, de tal modo que não haja acordo algum. Além das constatações empíricas, a investigação teórica se faz plausível, a saber: a importância de seguir pelos meandros da investigação da história, problemática essa suscitada pelo filósofo francês, Michel Foucault – que propõe um método arqueológico do saber, da história. Até que ponto o insistente ranço de Platão por sobre os sofistas não era uma implicação política vigente, a qual sobressaiu-se ao longo dos séculos? Onde estariam os escritos sofísticos para entendermos e atestarmos que o que Platão realmente disse, era a única e absoluta verdade? |