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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Educação

Título
Análise dos Cadernos do “São Paulo faz Escola” como processo desnaturalizador: a escravidão indígena.
Autores
Stephanie Gaspar (Autor)
Sueli Guadelupe de Lima Mendonça (Orientador)
Resumo
O objetivo desta pesquisa em andamento consiste na análise do ensino de história nas escolas públicas, por meio dos Cadernos de apoio do programa “São Paulo faz Escola” e problematização acerca da temática da escravidão indígena, pouco trabalhada neste material, e apresentada de forma fragmentada, esvaziada de conceitos e distante da realidade social dos estudantes do Ensino Médio, que acabam por não apreendê-los, e tampouco questionam as relações sociais ali presentes. Partimos do referencial teórico da nova história, de Peter Burke, para que possamos trabalhar a história de maneira ampla, buscando outras fontes para entender e mostrar outras leituras, desnaturalizando a forma tradicional posta e mostrando que os heróis ocultos também são sujeitos da história. Utilizamos também o conteúdo trazido por John Manuel Monteiro em: “A transformação de São Paulo Indígena – século XVI”, que aborda a escravidão do índio no Brasil com o início da colonização portuguesa e as relações luso-indígenas, evidenciando a existência de um sistema de trabalho baseado na exploração de sua mão de obra e mostrando que o motivo do decréscimo da mesma, está, entre outros fatores, no extermínio da população indígena por parte dos colonos. O conteúdo acerca da temática indígena poderia e deveria estar presente nos Cadernos ou em qualquer outro material, mas não está. Essas contribuições nos ajudaram a desmistificar um pensamento empobrecido/fragmentado, por meio de elementos desta nova forma de abordagem histórica. Em suma, de acordo com a discussão trazida pelos autores trabalhados e em contraposição ao conteúdo apresentado nos do Estado de São Paulo, é possível desnaturalizar a história presente, revelando uma realidade ocultada.
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