Publicado no Encontro de Saberes 2015
Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Subárea: Outra
| Título |
| Visões do outro: Cuba na imprensa tradicional brasileira (2007-2010) |
| Autores |
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Vitor Garcia de Oliveira Raymundo (Autor) Suzeley Kalil Mathias (Orientador) |
| Resumo |
| A pesquisa visa analisar a forma como alguns jornais brasileiros, identificados como tradicionais (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) retratam Cuba em seus editoriais e notícias. Para isso, focando-se no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010), busca-se compreender o modo como a imprensa tradicional nacional tratou temas relativos a Cuba – em especial, seu sistema de saúde e a qualidade de vida de sua população – em seu discurso diário e contrapô-lo a artigos de opinião do Le Monde Diplomatique Brasil e relatórios de organismos internacionais que contenham indicadores sócio-econômicos sobre a Ilha. Busca-se analisar ainda, através de discursos sobre Cuba do ex-presidente e do Itamaraty, como a apresentação do país pela imprensa tradicional influencia as atitudes do governo brasileiro. A pesquisa parte da perspectiva construtivista de que as informações transmitidas pela mídia constroem e ratificam a realidade social, além de se apoiar na análise de discurso (Pêcheux) e na hipótese de agendamento, a fim de se compreender como a realidade cubana é construída pela mídia brasileira e suas consequências para o imaginário popular. Com base nisso, constatou-se que embora Cuba venha apresentando, desde sua Revolução (1959), consideráveis avanços em diversos indicadores sócio-econômicos, os diários optaram, nos editoriais veiculados, por pautar suas análises quase exclusivamente nas supostas dificuldades enfrentadas por Cuba atualmente e na noção de que é inegável que a Ilha abra sua economia futuramente, negligenciando os avanços sociais obtidos pelo governo do país. Nesse primeiro momento, concluiu-se, portanto, que a atuação dos três diários poderia contribuir para que a agenda pública saliente e debata os mesmo assuntos que são destacados nos editoriais desses periódicos, além de possivelmente contribuírem para a criação de uma imagem distorcida sobre a realidade da população cubana no imaginário popular brasileiro. |
