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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Ciências Sociais

Título
A Agroecologia como práxis educativa no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Autores
Vanessa Fernandes Santos (Autor)
Resumo
Este trabalho tem como objetivo compreender o projeto de campo para o Brasil presente nas escolas de Agroecologia do MST, bem como suas estratégias de produção de conhecimento e da vida. Há um ano , partindo de pesquisas bibliográficas sobre os paradigmas da Educação do Campo e da Educação Popular, esta pesquisa busca compreender a Agroecologia enquanto estratégia de luta e de defesa da soberania alimentar, dos territórios da agricultura familiar, quilombola, ribeirinha e indígena, e da organização política e econômica destas e de outras comunidades que resistem frente ao modo de produção capitalista expansivo do agronegócio, que segue expropriando os territórios das comunidades agricultoras, como por meio de empresas transnacionais que visam a produção de monoculturas (commodities), corroborando com a crise ambiental que acompanha este modo de produção, e com a perda da biodiversidade, com o envenenamento da fauna e da flora pelo uso de agrotóxicos, transgênicos e maquinarias pesadas, elementos solidificados pela Revolução Verde, projeto implantado com a ditadura civil-militar das décadas de 60 e 70, que restabeleceu o poder do latifúndio frente as ofensivas dos movimentos sociais de luta pela terra à época. Baseado nestas análises realizadas a partir do método histórico dialético, conclui-se (preliminarmente) a importância da práxis educativa dos movimentos sociais de luta pela terra na produção de conhecimento, em que o trabalho e a teoria se articulam no tempo e no espaço das escolas de Agroecologia do MST, na busca por autonomia dos sujeitos históricos no desenvolvimento coletivo das bases materiais da vida, para reafirmar a cultura de resistência na agricultura familiar frente a lógica do agronegócio, em que as necessidades humanas são submetidas à acumulação de capital. Segundo Bernardo Mançano Fernandes, a modernização do campo brasileiro, em alguns setores, é o contexto onde o capitalismo fincou sua mais espetacular expansão nas últimas décadas.
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