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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Antropologia

Título
Umbanda e a construção de identidades: uma análise sobre a vida cotidiana de umbandistas em Marília – SP
Autores
Sabrina Melo Del Sarto (Autor)
Resumo
Para pensarmos o Brasil contemporâneo é necessário considerar a importância das religiosidades africanas enquanto elementos formadores da cultura nacional, tendo em vista o hibridismo pautado nos intercâmbios culturais entre as cosmovisões de origem africana, indígena e europeia. A umbanda emerge da dinâmica cultural entre o catolicismo, kardecismo e candomblé, incluindo ainda, a influência de etnias nativas, como os indígenas tupiniquins. Em face destas condições histórico-sociais propõe-se estudar as relações entre subjetividades e religiosidades; busca-se também avaliar se e de que maneira as bases teológicas repercutem nas práticas diárias dos iniciados. Para entender as interpretações individuais é preciso também considerar as transformações do fenômeno religioso que se expressa, por exemplo, em novas formas de o indivíduo relacionar-se com a(s) religião/ões, como o chamado “trânsito religioso”. A pesquisa é pautada, primeiramente, por um levantamento bibliográfico, além disso, utilizou-se de dados estatísticos do IBGE para um mapeamento da umbanda na cidade de Marília. Posteriormente, foi realizado um estudo etnológico com ênfase na observação e, em seguida, foram coletadas entrevistas com seus frequentadores para que se estruturasse um estudo etnográfico sobre a relação existente entre a umbanda e a vivência social de seus adeptos. Tornou-se possível entender a umbanda enquanto um sistema cultural e religioso que oferece uma compreensão que orienta a percepção múltipla do cotidiano e as formas de sociabilidade, destacando-se a pluralidade na visão de mundo. Assim, partindo dessa concepção fundamentada em uma simbologia sincrética, compreende-se a umbanda enquanto fornecedora de uma ótica plural que valoriza as diferenças de seus adeptos e não busca, como muitas religiões, uma singularidade de pensamentos e ações.
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