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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Título
LESÕES DO TRATO DIGESTÓRIO ASSOCIADAS A INFECÇÃO ORAL PELO TRYPANOSOMA CRUZI EM CAMUNDONGOS
Autores
FLAVIA DE SOUZA MARQUES (Autor)
GEORGE ALBERTO DIAS (Autor)
PAULA MELO DE ABREU VIEIRA (Orientador)
Resumo
Após o controle da infecção vetorial e transfusional terem sido realizados no Brasil, a infecção por via oral se tornou o principal mecanismo de transmissão da doença de Chagas em diversas regiões. Resultados prévios mostraram que apenas a mucosa gástrica é alvo para a entrada das formas tripomastigotas metacíclicas (TM), pois não foi observada presença de parasitos na mucosa orofaríngea ou do esôfago. Sendo assim, estudos sobre a interação entre formas TM e células do estômago para tentar entender quais alterações provocadas neste órgão poderiam contribuir para maior gravidade da doença na infecção oral. Dessa maneira o objetivo desse projeto foi avaliar o processo inflamatório e a neoformação de colágeno no estômago frente à infecção oral pelo Trypanosoma cruzi em camundongos. Foram utilizados 60 camundongos Swiss: 20 não infectados, 20 infectados pela via oral (VO) e 20 infectados pela via intraperitoneal (VI) da cepa Berenice-78. Cinco animais de cada grupo foram eutanasiados no 7º, 14º, 28º e 35º dia após infecção, procedendo necropsia e coleta de fragmentos do estômago. A quantificação do processo inflamatório mostrou que animais do grupo VO apresentaram moderada inflamação na camada muscular do estômago durante a fase aguda, enquanto animais do grupo VI começaram a apresentar células inflamatórias a partir do 14º dia, com aumento progressivo na intensidade do processo inflamatório até o 35º dia. Foi observado resultado semelhante na análise semi-quantitativa da neoformação de colágeno na camada muscular, pois apenas animais do grupo VO apresentaram discreta deposição de colágeno já no 7º dia, sendo que no 35º dia 40% desses animais apresentavam uma moderada e intensa neoformação de colágeno. Assim, pode-se concluir que a infecção por via oral acarreta em processo inflamatório precoce e intenso na camada muscular do estômago ainda na fase inicial da infecção, o que poderia culminar em uma gravidade da lesão nesse órgão. Órgãos de Fomento: CNPq, FAPEMIG, UFOP
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