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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Biologia Geral

Título
ESTUDO FLORÍSTICO E FITOSSOCIOLOGICO DE UM TRECHO DE FLORESTA MONTANA SOBRE CANGA NA APA DA CACHOEIRA DAS ANDORINHAS, OURO PRETO, MG
Autores
MARIANA CORREA DAIREL (Autor)
MARIA CRISTINA TEIXEIRA BRAGA MESSIAS (Orientador)
Resumo
O presente estudo teve como objetivo realizar estudos florísticos e fitossociológicos de uma comunidade florestal montana sobre canga alumino-ferruginosa localizada na APA Cachoeira das Andorinhas,Ouro Preto, MG, no intuito de contribuir para a conservação e compreensão de padrões florísticos e classificação fitogeográfica dos ecossistemas montanos brasileiros. O levantamento florístico foi realizado em uma área de 0,05 hectares, totalizando 10 parcelas de 10x5m, onde todos os indivíduos arbóreos com CAP (circunferência na altura do peito) ≥ 10cm foram amostrados. No estudo fitossociológico os parâmetros: frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), dominância relativa (DoR) e valor de importância (VI), foram obtidos para cada espécie. Foram amostrados 296 indivíduos, distribuídos em 26 espécies e 16 famílias. As famílias com a maior riqueza de espécies foram: Myrtaceae, Fabaceae, Melastomataceae e Primulaceae perfazendo 48% do total de espécies amostradas, as quais contribuem significativamente para composição de florestas de ambientes montanos. As espécies com o maior VI no fragmento estudado foram: Eremanthus erythropappus (DC.) MacLeish, Pera glabrata (Schott) Poepp. ExBaill.e espécies mortas. A dominância de espécies pioneiras evidencia o processo inicial de sucessão da área estudada. Apesar da grande dominância de E. erythropappus, este fragmento não se caracteriza como floresta monodominante. Embora as florestas dessa área sejam frequentemente referidas como Florestas Estacionais Semideciduais, a composição florística e a estrutura desse fragmento é típica de Florestas Ombrófilas. A ocorrência de neblina, comum em elevadas altitudes durante o inverno, reduz o déficit hídrico durante o período seco, determinando as características da flora e da vegetação. Estratégias de conservação devem ser tomadas para garantir o processo de sucessão desse fragmento, que se configura como um dos únicos sobre esse tipo de substrato nesse Parque.
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