Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Medicina

Título
PREVALÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA (LVC) NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MINAS GERAIS, POR MÉTODOS COMBINADOS DE DIAGNÓSTICO.
Autores
AMANDA FREIRE VIEIRA (Autor)
GEORGE LUIZ LINS MACHADO COELHO (Orientador)
Resumo
O município de Ouro Preto está localizado próximo de municípios endêmicos para leishmaniose visceral (LV), tais como, Belo Horizonte, Itabirito e Mariana, e vem apresentando ao longo dos anos alguns casos de leishmaniose tegumentar americana em seres humanos. Os cães são considerados os principais reservatórios domésticos da LV. O tratamento de casos humanos, o controle do inseto vetor e a eutanásia de cães infectados são ações recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS) no controle da doença. Medidas de vigilância e controle não têm sido efetivas principalmente por deficiências na realização dos exames de diagnóstico e tempo de retirada dos cães infectados. Regiões que não apresentam notificações de casos humanos não se enquadram nas prioridades dos serviços de saúde para adoção de medidas de controle. Podendo, neste caso, constituírem áreas silenciosas que abrigam reservatórios caninos contribuindo para a expansão da doença. Portanto, o objetivo desse trabalho foi determinar a ocorrência de LVC em amostras de sangue dessecado em papel de filtro (SDPF) de animais não domiciliados acolhidos (“cão de rua”) pelo Centro de Controle de Zoonose do município de Ouro Preto (CCZ-OP). As técnicas sorológicas empregadas foram o ensaio imunocromatográfico (Kalazar Detect®), realizado como método de triagem, e o Ensaio Imunoenzimático (ELISA), como teste confirmatório para a infecção canina. 61,4% dos animais avaliados eram fêmeas e todos eram de raça não definida. No exame ectoscópico 31 (70,4%) cães apresentavam onicogrifose, 9 (20,4%) emagrecimento e 2 (4,5%) apresentavam conjuntivite. Utilizando o teste de triagem Kalazar Detect® e o teste confirmatório ELISA não foi detectado nenhum caso de cão infectado, entre os 44 cães examinados. Na epidemiologia das leishmanioses do município de Ouro Preto, esse grupo populacional de cães não domiciliados parecem não contribuir para a transmissão das leishmanioses no município.
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