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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

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Título
PADRÕES DE MICROTRAMA EM GRANITÓIDES PRÉ A SIN-COLISIONAIS: A HISTÓRIA EVOLUTIVA DA SUPERSUÍTE G1, ARCO MAGMÁTICO RIO DOCE, ORÓGENO ARAÇUAÍ.
Autores
MICHELE MARCIA DE SOUZA (Autor)
CRISTIANE PAULA DE CASTRO GONCALVES (Orientador)
Resumo
A aglutinação de Gondwana Ocidental culminou na formação de vários orógenos, dentre os quais tem-se o Orógeno Araçuaí. Reconhecem-se no seu domínio interno um grande volume de rochas graníticas, agrupadas em cinco supersuítes. Os plutons da Supersuíte G1 possuem características químicas similares à de uma série cálcio-alcalina, com assinatura de arco magmático. Embora classificados como pré-colisionais, não há consenso em relação à trama observada. Em função disso, formulou-se um projeto de investigação das microtramas de rochas selecionadas da Supersuíte G1, cujo objetivo maior é o de caracterizar a natureza dos processos envolvidos na sua geração. As amostras foram coletas próximas às cidades de Galiléia e Conselheiro Pena, em Minas Gerais e pertencem aos plutons Galiléia e São Vitor, cuja composição varia de granodiorítica a tonalítica. Os granitóides variam de fracamente a fortemente foliados, com granulação de fina a média. Nos fracamente foliados, observou-se zonamento concêntrico em plagioclásio e feldspatos com pertita e antipertita. O quartzo de granulação média mostram extinção ondulante, subgrãos, grãos recristalizados e por vezes ocorrem sob forma vermiforme. Grãos de granulação média são muitas vezes bordejados por grãos mais finos, definindo a estrutura núcleo-manto. Os grãos de quartzo mais finos formam agregados predominantemente poligonais e não apresentam feições de deformação intracristalina. Os grãos finos de feldspatos podem estar zonados e não mostram feições de deformação. Nos componentes fortemente foliados, são observadas as mesmas feições, mas com presença de maclas arqueadas em plagioclásio. As feições registram claramente processos ígneos e metamórficos. Embora hajam feições relacionadas a fluxo em estado sólido, é possível reconhecer tramas magmáticas preservadas, evidenciando a superposição de tramas. Nesse contexto, o G1 se mostra um exemplo natural para a análise da interação/superposição entre processos magmáticos e tectônicos.
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