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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Ciências Econômicas

Título
OS AVANÇOS DA TECNOLOGIA BANCÁRIA NO BRASIL: MAPEAMENTO E ANÁLISE DO PERFIL DAS PATENTES DOS GRUPOS ITAÚSA E BRADESCO.
Autores
JULIANA LIMA DE DEUS (Autor)
FERNANDA FARIA SILVA (Orientador)
Resumo
A consolidação da tecnologia no setor bancário brasileiro se deu conjuntamente às políticas de indução a informatização dos setores produtivos nacionais, especialmente no final da década de 1970, com a substituição de importações, respaldada pela reserva de mercado instituída pelo governo militar. O setor bancário brasileiro se beneficiou com o cenário político-econômico, tendo sido capaz de aproveitar as oportunidades de crescimento e financiamento, investindo na automação dos serviços (via reserva de mercado, seguida da Lei da Informática de 1984 e a Lei do Bem de 2005). Na década de 1990, com o fim da hiperinflação, os bancos perderam uma importante fonte de receita (o floating), e passaram a buscar no investimento contínuo em tecnologia uma maneira de preservar suas receitas. Neste trabalho foram analisadas as patentes das empresas Itaú (e sua subsidiária Itautec) e Bradesco (com a Scopus) – cobrindo os dois maiores conglomerados financeiros privados brasileiros. Como proxy para os esforços de inovação, foram utilizadas as bases abertas do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), World Intellectual Property Organiszation (WIPO) e Espacenet. As patetes foram categorizadas seguindo Duguet (2003), como radical ou incremental. Como resultado, foi constatado que no período de 1994 a 2003 o número de patentes incrementais triplicou em relação ao período de 1980 a 1993, e manteve-se constante para 2004 a 2013. Conclui-se que o aumento do número de patentes de 1994 a 2003 foi consequência dos mecanismos de indução à automação iniciados na década de 1970, haja vista que o investimento em pesquisa e desenvolvimento tem resultados no longo prazo, no que se refere à propriedade intelectual. Contrapondo estas informações com os valores despendidos pelas empresas para este fim, infere-se que, afora as políticas de indução governamental, o esforço inovativo destas empresas decaiu consideravelmente, o que reforça a importância da política industrial.
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