Publicado no Encontro de Saberes 2015
Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Subárea: Serviço Social
Título |
LUTAS SOCIAIS E PROCESSOS POLÍTICOS NO BRASIL: MEDIAÇÕES HISTÓRICAS DA CONSOLIDAÇÃO DA “DEMOCRACIA VULGAR” NA CONTEMPORANEIDADE |
Autores |
DANIELE CRISTINA DE BRITO MORAIS OLIVEIRA (Autor) DOUGLAS RIBEIRO BARBOZA (Orientador) |
Resumo |
O estudo, derivado do Projeto “Lutas sociais e processos políticos no Brasil: mediações históricas da consolidação da ‘democracia vulgar’ na contemporaneidade” , que busca compreender as lutas que cercam a classe trabalhadora, realiza aqui um recorte para analisar a correlação de forças no interior da dinâmica das lutas que envolvem a tentativa de construção da educação efetivamente pública e democrática no Brasil, buscando demonstrar a relação entre a política educacional vigente e os ajustes estruturais das propostas neoliberais, com enfase no âmbito do ensino superior. No atual projeto hegemônico, a política da educação passa a ser direcionada através de “pacotes” elaborados pelos organismos internacionais, sob a base de acordos financeiros, nos quais são elaborados planos, leis e diretrizes para tornar a educação o principal alvo de investimento dos grandes capitalistas, tornando assim cada vez mais interessante o investimento em uma educação privada ao invés de uma educação pública de qualidade. Fundada na perspectiva dialética do materialismo histórico, a investigação organiza-se metodologicamente através de pesquisa bibliográfica, combinada com uma pesquisa documental em jornais de grande circulação no país a partir da qual se constrói uma cronologia dos principais conflitos sociais ocorridos no ano de 2014, centrando as análises nas formas de resistência da classe trabalhadora à transfiguração ou anulação da universalidade do direito à educação. Os dados coletados em 2014 e o atual cenário de greves na educação em 2015 demonstram que a educação passa por um processo de precarização e mercantilização, onde a sua função social perde o sentido proposto pela Constituição Federal, que assegura a educação como um direito essencial ao desenvolvimento do ser humano, e passa a ser direcionada por um projeto voltado para o mercado. Vemos uma educação que não é uma prioridade de investimento para o governo, mesmo tendo levantado o slogan de “Pátria Educadora”. |