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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Filosofia

Título
DESDOBRAMENTOS DO CONCEITO DE DESEJO NA FILOSOFIA DE GILLES DELEUZE
Autores
VICTOR SILVEIRA DO CARMO (Autor)
CINTIA VIEIRA DA SILVA (Orientador)
Resumo
O presente projeto buscou investigar o conceito de desejo, tal qual enunciado em “O Anti-Édipo”. Para tal movimento teórico-conceitual, foi necessário estabelecer diálogo com algumas tradições de saberes e práticas que detiveram para si certa hegemonia de significação do desejo, a saber, a psicanálise. Falamos de saberes e práticas psicanalíticas, considerando historicamente dois grandes momentos de seu desenvolvimento: a postulação do inconsciente por Freud e o retorno a este feito por Lacan, subsidiado pela linguística e certa herança da filosofia hegeliana. Em ambos os momentos, predominou uma concepção do desejo segundo a qual este adviria da falta. Através de uma tarefa crítica a esta tradição, Deleuze e Guattari elaboram uma inovadora teoria do desejo, onde este passa a ser, a partir desses autores um operador de produção e de produção do Real, não mais dependente de uma falta estrutural e mero escravo do negativo, da lei, do limite, da castração. Ainda, uma outra imagem do inconsciente é construída, com ênfase em seu funcionamento. Uma crítica a um inconsciente representativo torna-se indispensável, visto o reducionismo efetuado pelas concepções clássicas psicanalíticas, que constroem uma imagem repressiva e limitada do inconsciente, como se esse fosse um reservatório traumático de satisfações não realizadas em vias de sempre se frustrar numa redoma familiar, e de pulsão a ser sublimada quando socializada – no entanto, para Deleuze e Guattari a libido não se reduz a uma energia de investimentos sexuais familiares, primariamente recalcados no complexo edipiano, e secundariamente sublimados no social, mas é injetada diretamente em todo o social com seus fluxos livres e esquizos.
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