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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Letras

Título
MEMÓRIA E RESISTÊNCIA NEGRA EM GRUPOS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA NA AMÉRICA LATINA
Autores
VICTOR VIANNA GUEDES (Autor)
KASSANDRA DA SILVA MUNIZ (Orientador)
Resumo
A seguinte pesquisa teve por objetivo principal colocar em paralelo três pontos: o Congado, a performatividade e a identidade, afim de buscar como são tecidas as identidades no fio da diáspora africana em comunidades congadeiras de Minas Gerais. Para isso, buscamos levantar material bibliográfico sobre a identidade negra e as formas de memória e resistência ideológica em grupos tradicionais de matriz afro, dada a invisibilidade de intelectuais e temáticas afrolatinas no Brasil. Houve também o propósito de analisar a relação entre linguagem performativa e identidade nas manifestações do Congado, em canções como "No tempo do cativeiro", e principalmente nas canções religiosas nas quais a cultura africana se consolidou, canções essas que louvam a santos e santas como Nossa Senhora do Rosário. Para procedermos com essas análises, utilizamos como referencial teórico as reflexões no campo da Pragmática e dos Atos de Fala por meio dos conceitos de Performatividade, os estudos a respeito das tradições congadeiras e a identidade de seus membros (MARTINS, 1997). Para esse trabalho, mediante coleta de dados, leitura da área e levantamento e análise de canções congadeiras, apresentamos os resultados da discussão teórica no que se refere à relação entre performatividade (AUSTIN, 1998), identidade pós-moderna defendida por Hall (2006) e o Congado (MARTINS, 1997). Acreditamos que, com a referente pesquisa, é possível mostrar como na linguagem partida dos conceitos de Pragmática dos Atos de Fala – a forma como os verbos declarativos-jussivos causam efeitos - não é possível existir neutralidade na exposição oral de grupos tradicionais na América Afrolatina, pois é através da linguagem performativa que esses grupos se mostram como resistentes em períodos pós-coloniais.
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