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Publicado no Encontro de Saberes 2015

Evento: XXIII Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Filosofia

Título
CINEMA E FILOSOFIA EM A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA, DE WALTER BENJAMIN
Autores
Frederico Goncalves (Autor)
Imaculada Maria Guimaraes Kangussu (Orientador)
Resumo
O presente projeto de pesquisa foi um estudo teórico que se desenvolveu, primeiramente, na leitura e fichamento do artigo "A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica", de Walter Benjamin", com destaque para a compreensão dos conceitos criados pelo filósofo para a elaboração da sua análise da obra de arte na modernidade. Antes da reprodutibilidade técnica, a arte era reproduzida manualmente. Conforme observamos, a pintura, era reproduzida tanto pelos aprendizes como para atender exigências do mercado. A partir da reprodutibilidade, torna-se diferente porque na técnica industrial as obras de arte são reproduzidas em grande escala; a fotografia substitui a mão pelo olho, o som desenvolve-se tecnologicamente possibilitando um alto número de reprodução em pouco tempo. Tais mudanças geram rápidas transformações na arte e nas formas de percepção. Em seus primórdios, a arte surge como objeto de religião, nessas artes havia o "aqui e agora", sua tradição, seu tempo e sua "aura" - este último é um conceito central na tese benjaminiana. "Aura", quer dizer autenticidade ou singularidade e seus aspectos espaciais e temporais. Benjamin conclui, que a técnica trouxe a obra de arte para tão perto que não somos capazes de pensar a arte com profundidade. As excessivas imagens e os movimentos rápidos não permitem um raciocínio a cada mudança. Suspendendo o pensamento o filme é alienador. Contudo, Benjamin insiste em discutir se é possível uma arte tal que dialogue com o espectador afastando-o da alienação, pois essa maneira de ver um filme possibilita a emancipação das massas. A estética e a política são complementares, tanto quando a política quer alienar, como quando quer libertar, porque as novas formas de obra de arte inauguram uma função social da arte. Nossos sinceros agradecimentos aos orgãos fomentadores dessa pesquisa, à UFOP e ao PIBIC.
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