Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
POLIMORFISMO NO CÓDON 72 DO GENE TP53 E O RISCO DE LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS E NEOPLÁSICAS NA CÉRVICE UTERINA
Autores
MARIA CLARA BATISTA COSTA FERREIRA (Autor)
ANGELICA ALVES LIMA (DEACL) (Orientador)
NAYARA NASCIMENTO TOLEDO SILVA (Co-Autor)
Resumo
O câncer cervical (CC) é o 4º tipo de tumor mais comum entre mulheres no mundo e a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é a principal causa desta neoplasia. Porém, a infecção viral não é suficiente para a transformação maligna do tecido, sendo necessária a presença de cofatores. A proteína p53 atua no ciclo celular podendo interrompê-lo através da indução à apoptose caso haja erros não reparados na replicação do DNA. A degradação da p53 pela proteína E6/HPV permite a imortalização celular, evento importante na carcinogênese. A presença do polimorfismo no códon 72 do gene TP53, que consiste na troca de Arginina (R) por Prolina (P), leva à diminuição da afinidade entre p53 e E6, podendo agir como um fator de proteção contra o CC. Apesar disto, estudos sobre este polimorfismo e o CC apresentam resultados controversos e inconclusivos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre o polimorfismo no códon 72 do gene TP53, a infecção por HPV e o risco de desenvolvimento de lesões na cérvice uterina. Foram selecionadas 160 amostras de biópsia cervical divididas em grupo controle (n=80/cervicite) e casos [n=80/Neoplasia Intraepitelial Cervical de grau I (NIC I), NIC II, NIC III e Carcinoma Epidermoide Invasor]. A pesquisa do HPV foi realizada pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com os iniciadores SPF. A avaliação do polimorfismo foi realizada por PCR com iniciadores alelo-específicos. Em relação à frequência genotípica do polimorfismo avaliado, 37,5% (n=60) das amostras apresentaram genótipo RR, 44,4% (n=71) eram heterozigotas (RP) e 18,1% (n=29) apresentaram genótipo polimórfico (PP). A maioria apresentou infecção viral (n=156; 93,6%). Não houve associação entre o polimorfismo e o risco de desenvolvimento de lesão cervical (genótipo: p=0,058; alelo: p=0,265) e a presença da infecção viral (genótipo: p=0,244; alelo: p=0,581). Assim, o polimorfismo no códon 72 no gene TP53 não foi associado ao desenvolvimento do CC na população avaliada.
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