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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Letras

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
A memória da literatura nos Contos da Carochinha, de Figueiredo Pimentel
Autores
NATASHA CASTRO SILVA (Autor)
CILZA CARLA BIGNOTTO (DELET) (Orientador)
Resumo
Em nossa pesquisa, propomos analisar a Memória da Literatura nos Contos da Carochinha (1946), de Figueiredo Pimentel. Foram investigadas as maneiras pelas quais as relações intertextuais presentes em Contos da Carochinha configuram uma memória própria da literatura europeia ao dar nova vida cultural a textos antigos. Segundo as autoras Astrid Erll e Ansgar Nünning, a Memória da Literatura conserva elementos simbólicos em textos individuais, de maneira a possibilitar uma ligação intertextual de obras da tradição a obras posteriores. O uso de símbolos, estruturas e, formas oriundas de determinadas tradições literárias em novas obras permite que elementos de textos canônicos se perpetuem através do tempo. É o que acontece em nosso documento de análise: os contos de Figueiredo Pimentel retomam elementos que foram difundidos por autores anteriores a sua obra, o que renova os contos maravilhosos da tradição escrita europeia, principalmente, ao mesmo tempo em que os perpetua num novo ambiente, o dos leitores brasileiros. Portanto, concluímos que, em Contos da Carochinha, Figueiredo Pimentel reformatou textos que já eram parte do cânone da literatura infantil em outras culturas, adaptando e facilitando a linguagem para públicos brasileiros de seu período. Ainda que o autor tenha adaptado os contos reunidos em Contos da Carochinha, apagando a autoria dos textos compilados, não há dúvidas de que os contos reunidos por Pimentel conservam a memória de suas formas originais.
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