Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Imunologia
Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Título |
Participação das células T na fase crônica da infecção experimental de camundongos com diferentes subpopulações do Trypanosoma cruzi |
Autores |
KARLA BITTENCOURT MADALENA (Autor) CLAUDIA MARTINS CARNEIRO (DEACL) (Orientador) PAULA MELO DE ABREU VIEIRA (Colaborador) Larissa Maris Resende Oliveri (Colaborador) Kátia da Silva Fonseca (Colaborador) Maykon Tavares de Oliveira (Colaborador) MARTA DE LANA (Colaborador) VANJA MARIA VELOSO (Colaborador) ALEXANDRE BARBOSA REIS (Colaborador) NIVIA CAROLINA NOGUEIRA DE PAIVA (Co-Orientador) |
Resumo |
Vários fatores atuam na patogênese da doença de Chagas, alguns inerentes ao Trypanosoma cruzi, outros ao hospedeiro. Associação entre formas clínicas e distribuição geográfica de linhagens do T. cruzi apontam o polimorfismo genético como fator crítico, embora não exclusivo, para o prognóstico. Na cardiomiopatia chagásica, a alteração motora é resultado principalmente da destruição tecidual decorrente do processo inflamatório ativo e sustentado, associado à fibrose. Entretanto, nas lesões digestivas, as consequências mais relevantes referem-se à alteração do Sistema Nervoso Entérico, sugerindo que a patogênese da cardiomiopatia e das visceromegalias ocorra por mecanismos de interação parasito-hospedeiro distintos. Adicionalmente, aspectos imunopatogênicos indicam diferenças na reatividade das células inflamatórias presentes nos tecidos. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da infecção com a cepa Berenice-78 (cepa parental) do Trypanosoma cruzi e um isolado com perfil gênico distinto dessa cepa, obtido após infecção crônica de camundongos Swiss com a cepa parental, sobre a resposta imune no coração e cólon durante a fase crônica da doença de Chagas experimental. Foi observado um perfil distinto de células T no coração dos animais infectados com a cepa Be-78 parental e com o isolado, sendo demonstrado frequência superior de linfócitos T CD4+ e CD8+, respectivamente. No cólon, nenhuma alteração foi detectada em relação às células T CD4+ em nenhum dos grupos avaliados. Linfócitos T CD8+ foram observadas em percentuais elevados no cólon dos animais pertencentes ao grupo Be-78 parental. Estes resultados indicam que, na fase crônica da infecção, animais infectados com o isolado ou com a cepa parental apresentaram perfis distintos de células T, reforçando a hipótese de que a infecção a longo prazo com a cepa Be-78 foi capaz de selecionar uma subpopulação com características distintas da cepa parental. Financiamento: UFOP, FAPEMIG, CAPES, CNPQ |