Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Bioquímica

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
Ancestralidade genética e prevalência de fatores de risco para doença cardiovascular nas comunidades afrodescendente de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil
Autores
ISABELA DORNELAS TEIXEIRA (Autor)
ALINE PRISCILA BATISTA (Co-Orientador)
GEORGE LUIZ LINS MACHADO COELHO (EMED) (Orientador)
ANA MARIA SAMPAIO ROCHA (Colaborador)
CAROLINA COIMBRA MARINHO (Colaborador)
CASSIO ZUMERLE MASIOLI (Colaborador)
WANDEIR WAGNER DE OLIVEIRA (Colaborador)
ANA PAULA LOPES PAIVA (Colaborador)
AMANDA FREIRE VIEIRA (Colaborador)
MARIA BEATRIZ PENA E SILVA LEITE NACIFE (Colaborador)
RAFAEL JUNIOR DE AZEVEDO (Colaborador)
VALESKA NATIELY VIANNA (Colaborador)
WALFRAN MORAES OLIVEIRA PEITO (Colaborador)
ÉRICA MARIA DE QUEIROZ (Co-Autor)
KEILA FURBINO BARBOSA (Colaborador)
THAIS DE MEIRA ALVES (Colaborador)
Resumo
INTRODUÇÃO: A população de Ouro Preto (OP) apresenta forte influência Africana. Embora seja conhecido que as frequências de diabetes tipo 2, hipertensão arterial (HA) e dislipidemia possam diferir entre grupos étnicos, até o presente momento, nenhum estudo epidemiológico foi realizado na população adulta afrodescendente procedente dos distritos. OBJETIVO: Determinar as prevalências de HA e diabetes tipo 2 em uma amostra de comunidades afrodescendentes de OP. MATERIAS E MÉTODOS: Estudo transversal foi realizado com 493 adultos residentes nos distritos de Lavras Novas (LN), Chapada (CHP) e Santo Antônio do Salto (SAS). Foi feita coleta de dados sociodemográficos, comportamentais, antropométricos e de sangue em jejum de 12 horas. As análises foram feitas no SPSS 22. RESULTADOS: Entre os 493 indivíduos, avaliados, 329 eram mulheres (66,7%) com média de idade de 49,1 ± 17,3 anos e 164 homens (33,3%) com média de idade de 50,6 ± 16,6 anos. A prevalência de HA foi semelhante entre mulheres (42,9%) e homens (41,5%). Entre as mulheres a prevalência apresentou uma tendência maior (p=0,06) de HA em LN/CHP (49,6%) do que em SAS (38,9%). Entre os homens diferença semelhante foi observada, respectivamente iguais a 44,8% e 37,7%. A prevalência de Diabetes tipo 2 nos distritos foi baixa (9,7%) sendo 11,5% correspondente ao SAS e 8,4% em LN/CHP. Entre as mulheres a prevalência de diabetes tipo 2 foi igual à 14,0% (SAS) e 8,2% (LN/CHP) (p=0,091) e entre os homens iguais a 8,0% e 9,1% respectivamente (p=0,811). CONCLUSÃO: Nas áreas distritais analisadas a ocorrência da HA foi o principal fator de risco cardiovascular (FRCV) observado, no entanto, sem observar diferença quanto a contribuição africana no processo de miscigenação segundo o critério de cor da pele autorreferida. Portanto, frente a essa limitação torna-se importante o conhecimento das interações entre os fatores ambientais e ancestralidade genética que possam estar associados aos FRCV.
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