Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
O giro ético-político no interior da teoria da história e da história da historiografia contemporâneas
Autores
LILIAN SANTOS DE ANDRADE (Autor)
MARCELO DE MELLO RANGEL (DEHIS) (Orientador)
Resumo
O objetivo da pesquisa foi analisar a hipótese de que há uma tendência balizando a teoria, a história da historiografia e a filosofia contemporâneas. Intitulamos esta tendência de giro ético-político a partir da preocupação crescente dos historiadores, filósofos, sociólogos etc. de pensarem para e a partir do seu próprio mundo sob a palavra chave da diferença. Acreditamos, inclusive, que esta orientação ético-política é uma exigência do mundo contemporâneo – e, por isso, afeta outras disciplinas das humanidades em geral, como a filosofia e a sociologia. Desse modo, quando os historiadores tematizam o passado e, no caso de filósofos, autores específicos da tradição filosófica, é porque eles são importantes para a tematização e enfrentamento das questões do mundo em que vivem. Portanto, para que pudéssemos aprofundar de maneira mais detida na hipótese do giro ético-político, e também deste como um desdobramento mais geral que afeta outras disciplinas das humanidades, escolhemos analisar e descrever o pensamento de dois autores contemporâneos a partir de obras específicas, no qual um está mais próximo à filosofia e o outro à história, respectivamente: Judith Butler em “Relatar a si mesmo: Crítica da violência ética” e Berber Bevernage em “History, Memory and State-Sponsored Violence: Time and Justice”. Ademais, pensar e intervir para e a partir do mundo em que vivem parece ter se tornado uma espécie de justificativa para a permanência de seus trabalhos. Vale ressaltar que boa parte dos historiadores, sociólogos e filósofos do século XX como Gumbrecht, Koselleck, Hartog, Rüsen, Hayden White, Frank Ankersmit, Valdei Lopes, Marcelo Jasmin, bem como filósofos que foram fundamentais à constituição deste giro, entre eles: Nietzsche, Walter Benjamin, Martin Heidegger, Michel Foucault, Paul Ricoeur, Richard Rorty e Jacques Derrida podem ser interpretados a partir do que estamos chamando de uma orientação ético política.
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