Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

Subárea: Química

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
DESENVOLVIMENTO DE BIOSSORVENTE DE CABELO HUMANO PARA ADSORÇÃO DE ARSÊNIO E MERCÚRIO
Autores
DANIELLE BARRETO FERREIRA (Autor)
ROBERTA ELIANE SANTOS FROES-SILVA (DEQUI) (Orientador)
RAFAELA MARIA QUEIROZ SILVA (Co-Autor)
Resumo
O uso de biomateriais tem sido apontado como uma alternativa eficiente e sustentável para a remoção de metais pesados de efluentes, inclusive para aplicações industriais. Essa aplicação é particularmente importante para poluentes tóxicos como o mercúrio, metal pesado com capacidade de bioacumulação e biomagnificação no meio ambiente. No entanto, o uso de biomateriais pode requisitar prévio tratamento do material para aumentar sua capacidade de retenção. O cabelo humano já foi empregado para a adsorção de Cu2+ e Pb2+ mediante tratamento prévio. Nesse trabalho mostramos que, para o Hg2+, essa etapa é dispensável, facilitando o uso de cabelo para essa finalidade. Amostras de cabelo humano natural (extraído de criança do sexo masculino), foram submetidas à agitação contínua durante duas horas com soluções de 0,10 mol L-1 de NaOH, Na2CO3, HCl e NH4OH. As amostras de cabelo tratadas foram então separadas das soluções e submetidas à agitação contínua durante duas horas com soluções de Hg2+ 1000 µg L-1, pH acertado para 4,22, PCZ do cabelo. As soluções foram separadas e analisadas por espectrometria de absorção atômica do vapor frio. O cabelo natural apresenta uma alta capacidade de retenção de Hg2+ com adsorção de cerca de 90% de Hg2+. Verificou-se que os tratamentos do cabelo com as soluções de carbonato de sódio e, principalmente com as soluções de ácido clorídrico e hidróxido de sódio, diminuem a adsorção de Hg2+ em comparação com o cabelo natural. O tratamento com solução de hidróxido de amônio não altera a capacidade de adsorção de Hg2+. Portanto, nas condições estudadas, os tratamentos não potencializaram a adsorção do cabelo, pelo contrário, diminuíram-na. Esse resultado é interessante porque, além de mostrar a alta capacidade de adsorção do cabelo natural, demonstra que, nas condições estudadas, é dispensável a etapa de pré-tratamento do cabelo, minimizando o número de etapas de um processo no qual o cabelo pode ser empregado como material adsorvente de Hg2+.
Voltar Visualizar PDF