Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Ecologia

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
Padrões de distribuição de borboletas frugívoras: estratificação vertical em dossel e sub-bosque no interior de floresta
Autores
TALITA PALACIO DOS SANTOS (Autor)
SERVIO PONTES RIBEIRO (DEBIO) (Orientador)
Resumo
A compreensão da estratificação vertical de insetos tropicais tem sido alvo de diversos estudos e permite um melhor entendimento sobre assembléia de borboletas, além de subsidiar ações de conservação. A heterogeneidade de fatores abióticos como luminosidade, temperatura e umidade, somada a outros processos como predação e partição de recursos são fatores que influenciam a distribuição espacial das espécies. Assim, este projeto tem como objetivo investigar a estratificação vertical na estruturação da assembléia de borboletas frugívoras em três formações florestais do Parque Estadual do Rio Doce, MG. As amostragens foram realizadas de agosto/15 a maio/16, sendo delimitado em cada área um transecto com 10 armadilhas tipo Van Someren-Rydon instaladas alternadamente nos estratos: dossel e sub-bosque, distantes 25 metros entre si. Foram registradas 75 espécies de borboletas frugívoras com 2.893 indivíduos, sendo a área de mata mais alta (trilha 2) a que apresentou o maior número de espécies e indivíduos (62 e 1.232 respectivamente). Entre os estratos, o sub-bosque apresentou o maior número de espécies que o dossel (64 e 58 respectivamente), e os dois estratos compartilharam 47 espécies. Os resultados possibilitaram descrever para o interior das florestas a existência da estratificação vertical na assembléia de borboletas frugívoras, de modo que, em cada estrato encontramos borboletas exclusivas aquela porção e também aquelas que permeiam os dois estratos. Duas espécies foram destacadas no estudo, Agrias claudina (Charaxinae) e Caeruleuptychia sp.1 (Satyrinae), a primeira por ser considerada sensível a alterações no ambiente e a segunda por ser possivelmente um novo registro de espécie, ambas foram registradas preferencialmente no dossel.
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