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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Lingüística

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
O estudo da concordância variável (nominal e verbal) em manuscritos setecentistas de Minas Colonial
Autores
MARCUS VINICIUS PEREIRA DAS DORES (Autor)
SOELIS TEIXEIRA DO PRADO MENDES (DELET) (Orientador)
CHRISTIANE BENONES DE OLIVEIRA (Co-Autor)
Resumo
Pretendemos com esta comunicação apresentar os resultados da nossa pesquisa de Iniciação Científica – ligada à Linguística, em especial à Linguística Histórica e à Sociolinguística – que se fundamentou em um estudo histórico de fenômenos gramaticais da língua portuguesa, salientando, assim, a discussão sobre aspectos da ocorrência de concordância variável em manuscritos não literários, do século XVIII e XIX, exarados em Minas Colônia. Trata-se de um fenômeno muito atual, por meio do qual se verifica a ausência de concordância entre os determinantes (adjetivo, artigo, pronome, numeral) e seu nome (substantivo) – concordância nominal – e ausência de concordância entre o verbo e seu sujeito (concordância verbal). No decorrer da pesquisa, buscamos desenvolver um estudo de caráter filológico e linguístico, com vistas a realizar a edição diplomática do Processo de "Genere Vitae et Moribus de Francisco de Paula Meireles" (1779), além de levantar e descrever todas as ocorrências de concordâncias variáveis (nominal e verbal). Com relação à concordância verbal, não foi encontrado nenhum dado no corpus analisado. Já em relação à concordância nominal variável, verificamos que a marca do plural, diferentemente do que preconizaram os gramáticos da época, encontra-se em diferentes elementos e posições do SN, o que é muito comum no português não-padrão atual (Cf. NARO & SCHERRE, 2007). Os resultados desta pesquisa mostram que a concordância variável estava presente tanto em manuscritos civis (primeira parte da pesquisa – Edital 99/2014 PIBIC/CNPq/UFOP), quanto em manuscritos eclesiásticos (segunda parte da pesquisa – Edital 04/2015 PIBIC/CNPq/UFOP) do século XVIII e XIX analisados. As ocorrências encontradas correspondem às constatações e conclusões a que chegamos no trabalho que desenvolvemos até ao momento. Restam, no entanto, ainda várias questões sem resposta, que pretendemos explorar em desenvolvimentos futuros.
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