Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Comunicação

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
DA FAMÍLIA PARA A MULHER: ALTEROSA E O FEMININO COMO FIO EDITORIAL
Autores
ALEXANDRO GALENO DA COSTA (Autor)
FREDERICO DE MELLO BRANDAO TAVARES (DECSO) (Orientador)
Resumo
A presente pesquisa deu continuidade aos trabalhos iniciados no primeiro semestre de 2014 sobre a revista Alterosa. Neste segundo ano de andamento, nos propomos a delinear os modos como a mulher passou a ser representada na publicação. Com os levantamentos realizados, notamos que a perspectiva familiar que a revista adotava inicialmente, deu origem à traços voltados a uma forte ambientação do feminino em relação ao conteúdo global de Alterosa. Com o corpus de 264 edições disponibilizadas pelo Arquivo da Biblioteca Nacional em conjunto com o da Cidade de Belo Horizonte, realizamos o mapeamento das principais temáticas que apareciam nas páginas da publicação. Nessa pesquisa focalizamos nossa abordagem no discurso presente no conteúdo na revista; Alterosa faz parte de um dos esforços da profissionalização do mercado editorial brasileiro ainda em meados no século XX. Esse percurso nos revela marcas de como era compreendida a editoração à sua época, tendo em suas páginas registros de certas nuances da sociedade brasileira do período. Um dos pontos que nos chamaram atenção foi a perceptiva da análise do discurso internacional contido em aproximadamente 60% das seções de Alterosa. Suas páginas a partir do início da década de 1950 começam a incorporar traços do movimento progressista do comportamento feminino advindos do “American Way of Life”. As revistas na época ainda eram voltadas para as classes mais abastadas da sociedade, isso se revela no conteúdo que trazia uma abordagem focalizada nas classes medianas do país com suas marcas de ser e estar no mundo. Isso, reverbera na presença massiva do discurso internacional na publicação; era marca de Alterosa a presença da cultura cinematográfica norte americana e do mercado de moda parisiense, o que acabou se transformando em nosso foco de análise. Mesmo Alterosa com uma linha progressista, a imagem da mulher ainda era submissa a figura masculina que deveria a acompanhar.
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