Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Subárea: Turismo
Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Título |
Turismo Gastronômico e Patrimônio Imaterial: um estudo da gastronomia de Chapada de Lavras Novas -Ouro Preto (MG) |
Autores |
HAYLA ALMEIDA FORTES (Autor) MARIA DO CARMO PIRES (DETUR) (Orientador) |
Resumo |
O vilarejo de Chapada de Lavras Novas é um subdistrito de Ouro Preto e a sua origem está relacionada à mineração, que foi substituída pela agricultura com o fim das explorações do ouro. As principais atividades econômicas da localidade nos dias atuais são a agricultura e o turismo. A Chapada faz parte do circuito da Estrada Real e entre os seus atrativos estão trilhas e cachoeiras, a arquitetura das casas e da igreja, além do festival gastronômico "GastroArte" que já se encontra em sua oitava edição. O objetivo do projeto é inventariar e analisar a cultura local e o patrimônio imaterial por meio do reconhecimento e da valorização da produção gastronômica, utilizando uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo com entrevistas e aplicação de questionários. A gastronomia é uma das expressões da cultura. Comer do mesmo pão é uma forma comunhão e de pertencimento. Entre as características do evento estão as barracas, padronizadas e construídas pelos próprios barraqueiros com estrutura de bambu. Os barraqueiros oferecem receitas de família que também são pratos consumidos no dia-a-dia ou em datas especiais. Através da escolha dos pratos oferecidos no evento foi possível observar um pouco da cultura alimentar local. São eles: urtiga, umbigo de banana, broto de samambaia, tutu de feijão, tropeiro, frango com quiabo, costelinha, frango ao molho pardo e fígado com jiló. Ao consultar os visitantes notou-se que todos relacionavam o Vilarejo à beleza natural, o que demonstrou a vocação do subdistrito para atrair visitantes motivados mais pelo ecoturismo do que pela gastronomia. Após a coleta dos dados entre os moradores e visitantes e da pesquisa de campo, pode-se compreender as demandas da comunidade, propor um registro do patrimônio gastronômico no âmbito municipal e traçar um plano turístico. Reconhecer como patrimônio determinadas receitas e técnicas pode ser uma forma de valorizar a cultura e os pequenos produtores e, assim, incentivar o turismo na localidade. |