Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Saúde Coletiva

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Avaliação da efetividade da coleira impregnada com deltametrina na incidência da leishmaniose visceral canina após seis meses de seguimento
Autores
JULIANA SOUZA AMORIM (Autor)
GLEISIANE GOMES DE ALMEIDA LEAL (Autor)
WENDEL COURA VITAL (DEACL) (Orientador)
LUIZ LIMA (Autor)
EVANDRO MARQUES DE MENEZES MACHADO (Autor)
ALEXANDRE BARBOSA REIS (Autor)
Mariângela Carneiro (Colaborador)
Aimara da Costa Pinheiro (Colaborador)
Resumo
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença negligenciada que tem como agente etiológico o protozoário do gênero Leishmania (no Brasil, a espécie causadora é o L. infantum), como vetor o Lutzomia longipalpis e como principal reservatório urbano o cão. Uma das medidas empregadas pelo Programa de Vigilância e Controle da LV é a identificação e a eliminação de cães infectados. Esta estratégia é muito questionável em relação a sua efetividade e por isso é essencial avaliar outras formas para conter a expansão da doença no país. Diante disto, o presente estudo busca avaliar a efetividade da coleira impregnada com deltametrina, substância de ação inseticida, na redução da incidência de LV canina. Para isto, foi realizado um Estudo de Intervenção que na linha de base foram coletadas amostras em duas regiões de Governador Valadares, totalizando 5851 cães. Foram incluídos no estudo os cães soronegativos (n= 3797) e estes foram divididos em dois grupos: sem coleira (n= 1931) e coleira (n=1866). No primeiro retorno, após 6 meses de encoleiramento, a incidência no grupo sem coleira foi de 10,5/1000 cães/mês e no grupo coleira de 9,2/1000 cães/mês. A efetividade da coleira foi de 12,4%, quando avaliados por intenção de tratar. Nesta análise foram considerados todos os cães de cada grupo, independente de estarem com a coleira. Já na análise por protocolo, em que foram excluídos os cães que não estavam com a coleira no momento do retorno, foram observadas incidências de 10,5/1000 cães/mês e 6,6/1000 cães/mês nos grupos sem e com coleira respectivamente. A efetividade nesta análise foi de 37,1%. Possivelmente esta efetividade irá melhorar no segundo retorno (após 12 meses), uma vez que podem ter entrado no estudo animais infectados que se encontravam no período de janela imunológica e não foram detectados no teste sorológico. Baseado nestes dados preliminares, acreditamos que a utilização da coleira impregnada com deltametrina seja uma boa alternativa no controle da LV canina.
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