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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Subárea: Administração

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Banalização da fraude acadêmica: reflexões à luz da Teoria da Semicultura de Adorno
Autores
FLAVIA CAROLINI PEREIRA DOS SANTOS (Autor)
CAROLINA MACHADO SARAIVA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO (DECEG) (Orientador)
JESSICA DYNE SANTOS CIPRIANO (Co-Autor)
Resumo
O tema fraude acadêmica é entendido como o ato de usurpar, falsificar e burlar os mecanismos que avaliam o conhecimento acadêmico. Para análise do assunto, este estudo fará uso da Teoria Crítica relacionada a educação. Dentre os intelectuais alemães que se destacaram, Theodor Adorno é o mais relevante para a pesquisa. Tal pensador introduziu a crítica a indústria cultural e a identificação do indivíduo com uma cultura equivalente a uma mercadoria supérflua. É nesse contexto que a fraude se insere, ou seja, em uma constante massificação do conhecimento. O objetivo central foi compreender o sentido das atividades fraudulentas praticada pelos alunos na perspectiva dos professores. Para alcançar esse objetivo, o estudo foi feito no curso de Administração do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto para entendimento da banalização da fraude à luz da Teoria da Semicultura de Adorno. A metodologia da pesquisa foi qualitativa de caráter exploratório. O universo da pesquisa abordou os professores de Administração do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto. O instrumento da coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas via Skype e presencialmente com os docentes. Através da leitura do estudo adorniano, foi possível listar as categorias significativas presentes no seu texto, decodificá-las e relacioná-las aos elementos que caracterizam a semiformação. Através da releitura do estudo de Adorno (1996) foi possível relacionar a Teoria da Semicultura às respostas dos docentes a entrevista. É notório a repetição dos discursos pautados sempre nas mesmas acusações, na isenção de culpa e na falta de um apontamento para resolver o problema. A constante culpabilização dos alunos demonstra que a os professores ao se colocarem em uma postura superior querem justificar a própria injustiça em uma superioridade que somente reforça a dominação (ADORNO, 1996).
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