Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CARDIOTOXICA DO ARTEMETER ADMINISTRADO POR VIA ORAL
Autores
JOSEMAR DA CONCEICAO MENDES (Autor)
ANDREA GRABE GUIMARAES (DEFAR) (Orientador)
Resumo
A malária é causada por parasitas do gênero Plasmodium sendo um grande problema de saúde pública a ser combatido no Brasil e no mundo. A artemisinina e seus derivados, como o arteméter (ATM), estão entre os fármacos antimaláricos mais potentes. Entretanto, este grupo de fármacos possui algumas características que dificultam sua aplicação terapêutica, incluindo: curta meia-vida de eliminação, baixa biodisponibilidade oral e alto risco de toxicidade, particularmente no sistema cardiovascular. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a ação cardiotóxica do ATM administrado em animais por via oral, a partir de estudos em ECG. O ECG é a metodologia padrão ouro para diagnóstico de efeitos cardiovasculares ocasionados por fármacos. Todos os procedimentos foram aprovados pela CEUA/UFOP (2014/14). Foram utilizados camundongos Black c57 com idade entre 8 a 10 semanas. Os animais foram divididos em dois grupos: a) veículo (n=6) e b) ATM nas doses de 40, 80 e 120mg/kg (n=6). O tratamento foi realizado durante 4 dias de 12 em 12 horas. Antes de ser iniciado o tratamento oral os animais foram anestesiados (quetamina 100 mg/kg e xilazina 14 mg/kg) e a derivação DII ECG foi obtida no tempo basal. Nos tempos de 2; 6 e 24 horas após a última dose administrada o mesmo procedimento foi realizado sendo obtido novo registro do ECG. Foram então avaliados os parâmetros do ECG: Intervalos QT, QTc, PR e complexo QRS. O tratamento com ATM induziu prolongamento dos intervalos PR, QT e QTc de forma significativa no tempo de 6 horas após a última administração oral, nas doses de 80 e 120 mg/kg. As variações percentuais foram 17,3 % e 10,1 % para o intervalo PR, 7,4 % e 1,6 % para o intervalo QT e para o índice QTc 5,1 % e -1,6 %, respectivamente às doses. O ATM apresentou atividade cardiotóxica, uma vez que induziu prolongamentos dos intervalos PR, QT e QTC os quais estão correlacionados com fibrilação atrial, insuficiência cardíaca e desencadeamento de torsade de points.
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