Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Farmácia

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
Purificação e atividade biológica de enzima do látex de Asclepias curassavica
Autores
JESSIKA DE BRITO BELTRAO (Autor)
CARMEM APARECIDA DE PAULA (DEACL) (Orientador)
Resumo
A pesquisa em produtos naturais é uma das áreas mais tradicionais da Farmácia. Em uma revisão realizada entre 1981 e 2002 observou-se que de um total de 868 fármacos, 91 são de origem biológica ou proteica. A Asclepias curassavica L. é uma planta perene sul-americana e popularmente empregada no tratamento de feridas. Os glicosídeos cardiotônicos e enzimas proteolíticas fazem parte dos constituintes bioativos presentes no látex desta espécie vegetal. O presente trabalho mostra a purificação de uma enzima, a asclepaína, presente no látex da planta Asclepias curassavica L. coletada em pastagens da região de Ouro Preto. A purificação da asclepaína envolveu três etapas: precipitação com sulfato de amônio, cromatografia por troca iônica em CM-Sepharose e cromatografia por fase reversa em C8-Sepharose. Os experimentos de caracterização da asclepaína mostraram que essa enzima apresenta uma massa molecular de 24,5kDa, uma temperatura ótima na faixa de 30 a 40oC e um pH ótimo igual a 6,5. A enzima exibiu uma significante atividade gelatinolítica, fibrinogenolítica e fibrinolítica. A enzima exibiu atividade gelatinolítica e eficientemente hidrolisou as cadeias Aα seguida da hidrólise da cadeia Bß do fibrinogênio. O coágulo de fibrina também se mostrou um excelente substrato para a enzima estudada. A classe da asclepaína foi avaliada empregando os inibidores TPCK, PMSF, N'etilmaleimida, TLCK, E64, e ácido iodoacético. A atividade da enzima foi completamente inibida com 3,12μM de E-64 e significativamente inibida pela iodoacetamida e ácido iodoacético em concentrações acima de 12,5 μM, indicando que a asclepaína é uma cisteína protease. Os resultados obtidos sobre as características bioquímicas e farmacológicas da asclepaína traz grande motivação para no futuro avaliar se essa enzima possui atividade cicatrizante, principalmente voltado para o debridamento de feridas graves, como queimaduras e úlceras de decúbito. Apoio financeiro: UFOP/PIP, CiPharma/EF/UFOP e FAPEMIG.
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