Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Subárea: Comunicação
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
Título |
Jornalismo, afetos e a cidade: inventário afetivo de jornais impressos marianenses |
Autores |
ANA CAROLINA VIEIRA DO AMARAL (Autor) KARINA GOMES BARBOSA DA SILVA (DECSO) (Orientador) |
Resumo |
A pesquisa busca investigar as maneiras pelas quais o jornalismo atua na construção e circulação de afetos em Mariana. Parte da ideia de que os afetos são devires não humanos do homem, encontros e entrelaçamentos de sensações entre objetos, sujeitos, com intensidade marcada em instantes. O objetivo foi traçar as primeiras pistas de uma cartografia e inventário amplo das relações afetivas propostas pelos jornais e efetivadas na construção textual desses veículos. Para isso, o jornal local Ponto Final foi definido como objeto. Por meio da análise de conteúdo sobre matérias de 12 edições, de julho a outubro de 2015, compreendemos que o veículo é objeto e condutor de afetos. A metodologia aplicada durante o processo de análise do jornal parte dos Estudos Culturais e dos mapas de intensidade propostos por Deleuze, mecanismo usado para mapear os afetos, visto que esses são instantes, distensões e forças em determinado tempo. Percebemos pares de afetos que estavam presentes de forma associada e que se repetiam com frequência no Ponto Final. Alguns deles são esperança\ otimismo; medo\ perda; tristeza\ insatisfação; bem estar/ nostalgia; reparação\cobrança. Estes últimos receberam destaque ao longo do estudo, já que aparecem com recorrência em quase todas as edições analisadas. A partir desse diagnóstico, os pares bem estar/nostalgia; reparação\cobrança receberam notoriedade dentro da pesquisa. Por meio de marcadores como qualidade de vida; cidade histórica; consciência da necessidade de mudança; segurança, presentes nas matérias do jornal, identificamos que o produto tem como intenção discursiva veicular afetos positivos sobre a cidade, criando sentimentos de pertencimento a uma cidade imaginada, mais que à cidade real. |