Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Subárea: História
Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto
Título |
História e temporalidade no debate político brasileiro em torno do problema da representação política (1837-1843) |
Autores |
MARIANNA ANDRADE MELO (Autor) LUISA RAUTER PEREIRA (DEHIS) (Orientador) |
Resumo |
O objetivo da pesquisa é estudar os usos linguísticos sobre o tempo e a história no debate político entre os anos de 1837 a 1843 em que evidencia-se no Brasil a ascensão do partido conservador, revoltas sociais em diversas províncias, o chamado “Golpe da Maioridade”, a crise do direito natural e da História como magistra vitae. Estas instabilidades promoveram uma nova configuração do espaço de experiência, fazendo com que as elites da época buscassem formas lidar com estes novos fatos. A partir disto, os conceitos “circunstância” e “prudência” se mostraram termos chaves, sendo utilizados para conceituar o que era vivenciado e que não conseguiam ser plenamente explicados pela esfera política. Estes conceitos evidenciaram uma nova forma de pensar a política e de diagnosticar a realidade presente, designando um novo pensamento emergente da necessidade de atribuir sentido ao passado e explicar o presente. Esta nova forma de perceber o presente não se evidencia apenas em locais destinados ao aparato jurídico, mas também nas mídias impressas que circulavam no Rio de Janeiro. Utilizaremos aqui como fonte de análise o A Aurora Fluminense, um periódico de tendência liberal-moderada, sendo seus principais assuntos a liberdade, o governo representativo, a constituição e a opinião pública. |