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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Parasitologia

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Ouro Preto

Título
TRATAMENTO COM BENZNIDAZOL, ITRACONAZOL E DA ASSOCIAÇÃO BENZNIDAZOL-ITRACONAZOL NA FASE AGUDA DA INFECÇÃO COM CEPA DE Trypanosoma cruzi RESISTENTE NO MODELO CÃO
Autores
FERNANDA KAROLINE VIEIRA DA SILVA TORCHELSEN (Autor)
ELEONORA LIMA ALVES CUNHA (Autor)
MARTA DE LANA (DEACL) (Orientador)
MATHEUS MARQUES MILAGRE (Autor)
NATALIA FONSECA DUTRA (Autor)
CLAUDIA MARTINS CARNEIRO (Orientador)
MAYKON TAVARES OLIVEIRA (Autor)
LUCAS MACIEL CUNHA (Autor)
Resumo
A doença de Chagas (DC) constitui um sério problema de saúde pública na América Latina e seu tratamento permanece negligenciado. O Benznidazol (BZ), único fármaco disponível no Brasil para seu tratamento, apresenta efeitos colaterais graves e baixa eficácia terapêutica, especialmente na fase crônica da infecção. Este estudo avaliou o perfil parasitológico de cães infectados com a cepa VL10 do Trypanosoma cruzi (resistente ao BZ) tratados em fase aguda e a ação terapêutica dos fármacos isolados [BZ e Itraconazol (ITRA) ] e sua associação (BZ+ITRA). Para tal, 20 cães jovens sem raça definida de ambos os sexos, provenientes do Centro de Ciência Animal da UFOP foram inoculados com 2000 tripomastigotas sanguíneas de Trypanosoma cruzi/kg, por via intraperitoneal e divididos em 3 grupos de tratamento: com BZ, com ITRA,com BZ+ITRA e grupo controle infectado não tratado (INT). O tratamento iniciou a partir do primeiro dia de parasitemia patente, por 60 dias consecutivos. Para análise da infecção e da ação terapêutica, os animais foram avaliados em relação a parasitemia por exame de sangue a fresco (ESF), hemocultura (HC), PCR, sorologia convencional (ELISA) e mortalidade, paralelamente ao grupo controle INT. A comparação da parasitemia entre os grupos de cães tratados com BZ e BZ+ITRA revelou área sob a curva de parasitemia significativamente menor em relação ao grupo controle INT. Os grupos tratados com BZ e BZ+ITRA apresentaram o Dia do Pico Máximo diferente do grupo INT. Quarenta por cento dos animais tratados com BZ+ITRA, 33,33% dos animais tratados com BZ e 50% dos animais tratados com ITRA, apresentaram HC positiva ao longo das avaliações, revelando assim nítido fracasso terapêutico. Os resultados mostraram que um dos cães tratados com BZ+ITRA e um tratado com ITRA foram negativos em todos os testes parasitológicos, mas permaneceram positivos pela ELISA. Estes resultados sugerem que estes animais estavam em processo de cura.
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