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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: Sociologia

Título
GÊNERO E REPRESENTAÇÕES: TROTES E FESTAS NO ESPAÇO ACADÊMICO
Autores
Stephanie Gaspar (Autor)
Lidia Maria Vianna Possas (Orientador)
Resumo
O espaço acadêmico é considerado e historicamente afirmado como centro de produção e socialização do saber no processo civilizatório, no entanto, expõe em seu cotidiano situações de conflito, violência e exclusão. As práticas e as relações estudantis, de docentes e funcionários, vivenciadas na Universidade, mesmo que desapercebidas, tem um caráter de permanência das oposições binárias masculinas e femininas, de confronto das identidades múltiplas que reforçam as desigualdades provenientes de vários marcadores sociais como de gênero, raça, sexualidade, confissão religiosa e partidária. Nosso interesse é compreender como as raízes de gênero de nossa cultura ocidental transformaram os demais em diferentes, no sentido de desiguais. Por meio da análise dos trotes universitários, considerados ritos de passagem e de momentos festivos, organizados em jogos e em repúblicas, eventos institucionais, representados como festas de sociabilidades que se tornam estratégias de permanência e de reprodução da visão misógina de mundo com a manutenção das hierarquias existentes, procuraremos investigar, problematizar e discutir as representações existentes frente a esses trotes e festas acadêmicas, observando as relações de conflito, preconceitos, privilégios, poder, violência e submissão de gênero. Utilizaremos fontes imagéticas, textuais, informes jornalístico, convites dos eventos festivos e também entrevistas que cercam o tema. Com um caráter qualitativo-exploratório, a pesquisa é amparada por discussões que relacionem gênero como uma categoria relacional em uma construção histórico cultural e que se expressa nas práticas discursivas e performáticas carregadas de subjetividades e representações. Situa-se como história do tempo presente e usa métodos da história oral em diálogo com as Ciências Sociais. Afinal, como explicar que gerações intelectualizadas e com formação acadêmica são os protagonistas dessa violência de gênero?
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