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Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Subárea: História

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Título
Hegel e o historicismo
Autores
RENATO PAES RODRIGUES (Autor)
Resumo
Este trabalho realizou uma reavaliação do debate entre a filosofia da história de Georg Wilhelm Friedrich Hegel com o historicismo clássicos (pensamento pelo qual defende a autonomia do pensamento histórico e a individualidade dos objetos históricos, irredutíveis ao geral), sobretudo, no diálogo com Leopold von Ranke, Johann Gustav Droysen e Jacob Burckhardt. Para tanto, utilizamos o método hermenêutico, em específico, o círculo hermenêutico, ou seja, de que o todo só pode ser entendido pelas partes e vice-versa, para interpretamos as principais obras teóricas dos historicistas, as lições da filosofia da história de Hegel e outras obras pertinentes ao assunto. O desenvolvimento da pesquisa demostrou, então, que além das diferenças entre Hegel e os historicistas (sobretudo Burckhardt), havia muitos pontos de convergências. Hegel, por exemplo, concordava com os princípios metodológicos de imparcialidade e objetividade, defendidos por Ranke. Droysen viu o processo histórico como o palco da realização da liberdade e da teodiceia, tal como a filosofia da história hegeliana. Além disso, a pesquisa se direcionou para tentar responder como esses autores poderiam dar respostas ao problema da contingência na história. Aí pudemos observar novamente que tanto Hegel, quanto os historicistas, tinham semelhanças; todos ao seu modo, apesar de reconhecer a força da contingência, viam que a história tem algum sentido de continuidade. No caso de Hegel em específico, algo foi ainda mais decisivo: a leitura de suas obras e de seus intérpretes nos ajudaram a desmistificar a ideia simplória que sua filosofia da história fosse mera escatologia ou teodiceia, o que evidenciou ainda mais sua inclinação para o historicismo.
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