Publicado no Encontro de Saberes 2016
Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica
Área: CIÊNCIAS DA VIDA
Subárea: Saúde Coletiva
Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Título |
Uso do Ozires, um robô humanoide, para sensibilização de profissionais de saúde em relação à higienização das mãos. |
Autores |
Isabela Lorena Alfenas da Silva (Autor) Thiago do Carmo Librelon Rocha (Co-Autor) Ana Carolina Silva Machado (Co-Autor) Luísa Teixeira Francisco e Gontijo (Co-Autor) Maria Clara Pontello Barbosa Lima (Co-Autor) André Alvim (Co-Autor) Carlos Ernesto Ferreira Starling (Co-Autor) Bráulio Roberto Gonçalves Marinho Couto (Orientador) |
Resumo |
A higienização das mãos é a medida mais simples e eficiente para redução das infecções relacionadas à assistência (IRAS) ou infecções hospitalares. Em 2007, o Brasil declarou o Compromisso na Luta pela redução desses eventos infecciosos, sendo que a Segurança do paciente foi regulamentada através da RDC/ANVISA 36 de 2013. Após 10 anos, ainda há necessidade de atuar em práticas educativas que estimulem os profissionais da saúde a executar na rotina de trabalho os cinco momentos para higienização das mãos durante a assistência ofertada ao paciente. Enquanto nos Estados Unidos e países desenvolvidos a taxa de adesão à higienização das mãos é de mais de 60%, no Brasil tal adesão fica entre 20% e 40%. Em três hospitais de Belo Horizonte /MG, a taxa de adesão à higienização das mãos foi 5% no Hospital A, 33% no Hospital B e 50% no Hospital C. Neste trabalho, avaliamos o impacto da inserção de um robô humanoide de 1,25m de altura na sensibilização de profissionais de saúde para higienização das mãos. O robô, originalmente um brinquedo (http://www.meccano.com/), foi batizado de Ozires e adaptado, com inclusão de mini projetor, integração com telefone celular, alto falantes e almotolia automática de dispensação de álcool gel. Ele realiza apresentações com de vídeo-aulas curtas (máximo 3 minutos) e falas próprias com dados de cada instituição em relação às infecções e à taxa de higienização das mãos. Resultados: em um dos hospitais envolvidos, a sensibilização ocorreu com 54 profissionais da equipe multidisciplinar, sendo observado aumento do indicador “% de adesão às práticas de higienização das mãos”. Previamente à intervenção, o indicador foi avaliado por um ano e obteve taxa média de 30%. Nos meses de agosto e setembro de 2016, foi observado um aumento relativo nas taxas, sendo, respectivamente, 63% e 50%. Conclusões: o uso do robô como instrumento de treinamento in loco tem sido um sucesso, sensibilizando profissionais de saúde em relação à higienização das mãos. |