Detalhes dos Anais Veja o resumo do trabalho

Publicado no Encontro de Saberes 2016

Evento: XXIV Seminário de Iniciação Científica

Área: CIÊNCIAS DA VIDA

Subárea: Fitoquímica

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Título
ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE MOQUINIA RACEMOSA E CALEA FRUTICOSA (ASTERACEAE).
Autores
THATIANE MOREIRA QUERIDO (Autor)
ANDRÉA MENDES DO NASCIMENTO (Orientador)
MICHEL PINHEIRO FERREIRA (Co-Orientador)
Resumo
A família Asteraceae tem importantes propriedades biológicas, como a antiproliferativa. Entretanto existem muitos desafios na terapia do câncer como: resistência, toxicidade e baixa especificidade dos fármacos.Um screening para atividade antiproliferativa (método do MTT), realizado com plantas de Asteraceae, revelou que os extratos brutos das espécies Moquinia racemosa e Calea fruticosa possuíam alta atividade antiproliferativa (> 75%) frente a pelo menos uma de três linhagens celulares tumorais humanas testadas:OVCAR-8 (ovário), HCT-116 (carcinoma do colo-retal) e SF-295 (sistema nervoso).Assim, o objetivo deste trabalho foi isolar e identificar substâncias antiproliferativas presentes nos extratos brutos ativos das duas plantas. O material foi coletado ,secado e pulverizado com posterior maceração em solventes orgânicos.Os extratos brutos ativos foram fracionados por processos cromatográficos .O flavonóide 5-hidróxi-4’,7-dimetóxiflavona e uma lactona sesquiterpênica, centraterina, foram isolados do extrato em acetato de etila de C. fruticosa, enquanto outra substância, que está em fase de determinação estrutural, foi isolada do extrato etanólico da mesma planta.Algumas substâncias isoladas do extrato em acetato de etila de M.racemosa encontram-se em obtenção de espectros de RMN. As substâncias isoladas e identificadas serão avaliadas no bioensaio no qual os extratos brutos foram originalmente ativos, mas pode-se supor que a centraterina seja uma das responsáveis pela atividade antiproliferativa apresentada pelo extrato em acetato de etila de C. fruticosa, uma vez que a potente atividade antiproliferativa desta substância já foi descrita na literatura. Considerando que 50% dos medicamentos usados em triagens clínicas para atividade anticancerígena são produtos naturais ou derivados, os resultados deste trabalho estimulam a continuidade dos estudos com as espécies abordadas para estabelecer os compostos químicos responsáveis pela atividade antiproliferativa.
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